7.5.13

o lado negro(ou não) de se fazer aniversário

Há 23 anos eu nascia.
Sempre achei aniversários muito nostálgicos e argh,depressivos. Sempre que alguém vem me dar um 'feliz aniversário' com todo o restante("muita paz,saúde,dinheiro,felicidade,amor"), meus olhos enchem de lágrimas e me dá um nó na garganta. Não sei explicar. Deve ser porque eu fico triste ao constatar que é muito provável  que eu não consiga tudo isso. Um ou outro item pode até ser, mas todos não. Algo a ver com o equilíbrio cósmico.

Bom,fato é que não se volta no tempo. E eu também nem gostaria.

E todo ano eu me pergunto o mesmo. "X anos e o que eu fiz da minha vida?"
Mas aí eu resolvi parar pra pensar nisso.

Vivemos uma só vez. E nessa ânsia de aproveitarmos o máximo, fazemos planos, traçamos metas, trabalhamos adoidados, buscando sempre algum tipo de realização. Mas nesse frenesi, será que lá no final seremos capazes de constatar que valeu a pena toda essa correria?

Eu já me peguei pensando sobre casais mais idosos que passam o dia em casa. Sempre pensei "nossa,eu não quero ficar assim, quero viajar e jogar bingo na quermesse". Mas, será que isso traz algum tipo de felicidade?
Sim,porque eu não acredito nisso de ser feliz. Acho que existem momentos em que somos felizes, mas a felicidade em si é algo que não se alcança e nem se segura com as mãos. Ela escorre.

Entendo isso de desejar tudo de bom. É o que todo mundo quer.
Só que aí a vida samba de salto 15 na sua cara e aí faz o quê?
Levanta e samba na cara dela,ué.

"O que eu fiz até hoje?"
Well, posso não ter feito nada de muito significativo para o mundo em geral. Mas fiz muito por mim mesma. Faço uma faculdade que eu AMO,e não porque fui obrigada a fazer.
Tenho um namolindo muito lindo.
Tenho uma família mais linda ainda e uma poodle bipolar que eu também amo.

Posso não ter inventado nada e nem ter descoberto a cura da AIDS.
Mas acredito que cada um de nós tem um papel,por mais coadjuvante que pareça. Você pode não ter inventado nada. Mas você já deve ter sorrido pra algum estranho que por um acaso pode ser um cientista que precisava desse sorriso naquele dia.

Wich means....
parabéns pra mim,ae

2.5.13

Sherlock, House e Batman

Esses 3 tem mais coisas em comum do que você imagina.
Sherlock com a lupa, House com a bengala e Batman com o Robin. 
Só que não. 

Todo mundo já ouviu falar em Sherlock Holmes, o detetive policial mais famoso do universo literário. Tão famoso que, na época, as pessoas realmente achavam que existia um cara chamado Sherlock Holmes e que morava na 221B da rua Baker e que resolvia crimes. Só que não. 
E pra quem conhece o seriado americano House, as semelhanças são bastante óbvias. O próprio criador da série admitiu que Sherlock foi uma grande inspiração. Não vou me ater às semelhanças entre House e Sherlock, mas pode rever os episódios que isso fica claro. 

Ok, e o bambu?  o Batman?

Calma lá. Quis fazer um post pra mostrar o contraponto(tem hífen aqui?) das histórias de cada personagem e como a relação entre eles é mais interessante do que as histórias em si. Perdão, cão dos Baskerville. 

Em Sherlock Holmes (que na minha cabeça tinha uns 40 anos, então thanks Robert Downey Jr, mas que a BBC soube dar vida muita bem, então thanks Benedict Cumberbatch) temos o Prof. Moriarty, arquiinimigo do detetive. Sherlock faz o tipo egoísta, arrogante, gênio, mas que no fundo no fundo tem um bom coração. Alou Dr. House.  Na trama, tudo(ou quase) é obra do tal Moriarty. E, não raramente, Sherlock se vê 'entediado', ficando faminto por novos casos, novos enigmas a serem resolvidos. Alou Dr. House.  Não importa se tem alguém morto ou sequestrado. O que importa, ou melhor, o que dá barato em Sherlock é resolvê-los. Nessa hora entra o Moriarty. O objetivo dele nunca foi matar Sherlock. Ambos possuem uma mente brilhante (embora uma possa estar voltada para o mundo do crime). E, tãtãtãtãtã, DEPENDEM UM DO OUTRO PARA EXISTIR, PARA SER. Sem Moriarty, não haveria tantos crimes aparentemente complicados para Sherlock resolver. Sem Sherlock, Moriarty é quem ficaria entediado vendo quanto tempo a polícia buríca demoraria para resolver os crimes. O tédio que ambos sentem é fundamental para a trama rolar. Matar um ao outro seria como dar fim à própria vida - tão tediosa e boooooring - que eles sentem em relação ao mundo das pessoas comuns. Capicce?

E então temos House. O vilão, ou melhor, os vilões, seriam as doenças, muitas vezes raras, dos pacientes que ele trata. E, novamente, descobrir o que um paciente tem é o que dá barato em House. Não importa que a pessoa vá morrer mesmo assim. Ele só se importa em solucionar o quebra-cabeça. Sem as doenças, House não teria razão para existir. Afinal, ele é o médico encarregado de lidar com os casos que nenhum outro médico foi capaz de resolver. É a mesma ideia de Sherlock. Tem alguma relação (aqueles lances de mutualismo, protocooperação) na biologia que deve exemplificar isso de "um depende do outro para viver", mas deu preguiça de pesquisar sobre isso no Google. 


(ver só o comecinho, quando o House ''implora'' por um caso)


E aí tem o Batman. Ah,o Batman. Causador de todas as desgraças de Gotham City   Causador de muitos suspiros quando ele vem com essa voz rouca e toda máscula pra cima da gente. Contraponto de Batman? Tadah, o Coringa! Num papel que o levou ao suicídio, Discovery Home and Health/ Heath/ Healthy Heath Ledger interpretou isso muito bem. Posto uma cena de um diálogo entre os dois no filme "Batman: o cavaleiro das trevas"



Aos 0:42

"-And why do you want to kill me?
-HAHAHAUHAUHAMUHUYAHSAUYHA. I don't want to kill you! What would I do without you?"

Viu?
O propósito nunca é destruir esse inimigo. Se isso acontecer, acabou a trama, acabou o porquê desse personagem - o héroi - existir. Ou anti-herói, porque esses 3 não são nada amistosos e não gostam de dar as mãos 1 2 3.
Pode parecer meio óbvio isso que eu disse, mas eu percebi que, pelo menos pra mim, isso é o que faz eu gostar desse tipo de enredo. Não me importa muito a resolução de um crime, ou qual o diagnóstico de uma doença. É muito mais interessante ver a relação desses personagens com os seus 'vilões'.

A BBC está fazendo uma puta adaptação da obra do Conan Doyle. E tá bem legal o modo como eles ilustram a relação Sherlock-Moriarty. 
Já haviam me falado sobre essa série, mas a preguiça sempre fazia eu esquecer de baixar. House eu sempre amo desde 2005. Batman eu não sou muito chegada, torço mais pro Coringa,rs. 
No mais, essa foi a revelação da minha tarde muito produtiva terminando de assistir a segunda temporada de Sherlock. Aí deu vontade de ver House. Aí deu vontade de ver Batman: o cavaleiro [...]. 

Mas sério, dá pra fazer um TCC sobre a semelhança entre o Sherlock e o House. Tem muitas, gente! 
Meu objetivo pra esse ano além de me formar e arranjar um emprego: comprar a edição completa de Sherlock Holmes. 

E tchau pessoal, até a próxima vez nunca ganhei o show do milhão versão para computador,chatiada