20.6.12

-O que foi?
-Nada.
-Para de dizer isso. Eu sei que aconteceu alguma coisa.
-Então porque pergunta?
-... fala comigo.
-Não quero.
-Por que?
-Porque você não sabe me ouvir.
-Sei sim.
-Não sabe não.
-Tá bom, não quer falar não fala. Depois não reclama que eu não sei te ouvir.
-Me deixa.
-...vai, se abre comigo, por favor!
-Já disse que não quero!
-Você tá de TPM?
-Por que você sempre acha que eu estou de TPM? Não posso ficar magoada sem estar nesse período idiota do mês? Que saco!
-Eu faço brigadeiro pra você.
-Sai, não quero.
-O que você quer, então?
-Que você me deixe em paz. Vai embora e me deixa sozinha.
-Não, eu não vou.
-Que merda, você não consegue me ouvir, né?
-Consigo sim.
-Então porque você não foi embora ainda?
-Porque seus braços ainda estão enrolados em mim...
.
.
.
Sabe, se vocês encontrarem alguém assim, keep it.
Porque mulher pode ser muito troll e falar muitas coisas.
Se você acha que mulheres são complicadas, é porque você só consegue escutar o que sai da boca delas ao invés de ter a sensibilidade de perceber que nossa linguagem não é só falada...

12.6.12

dia dos namolindos.

Bla bla, hoje é dia dos namorados.
Dia em que a grande maioria dos casais se presenteia, faz declarações e juras de amor eterno...
Nada de errado.
O problema é quando esse tipo de coisa só acontece nesse dia.

Parte do meu presente de dia dos namorados foi eliminar meu ciúmes.
Finalmente entendi que, já que não sou dona de ninguém, não posso ter esse sentimento sobre aquilo que não me pertence. Fair enough.

Fikdik se você não sabe o que dar ao seu namolindo(a). Conserte aquilo que está quebrado em você.
E sabe, faz bem.

Ah é.
Não esqueça que antes de amar o outro, você deve amar(e muito) a si mesmo.
Afinal, você é seu único companheiro até o fim dos seus dias.

Argh, meu sono não me deixa divagar mais sobre o assunto.

Só, sei lá, faça valer a pena.
*

6.6.12

´bleh

queria escrever tanta coisa.
mas ai eu sento na frente do computador e não sai nada.
é como se meus pensamentos não se organizassem e virassem uma coisa só.
aí se eu fosse digitar ia ficar mais ou menos assim
ahiusdhiuHIUHDCANFR WÇGI9PWETQIDMN 56F7468 S,21
6s kuhukewhfuhey po KFKSHDGK SS245 huihyui hquiwguiG UHUKXGD KUFHhg ohtus dvkb gUIHIRY8HL kd KHD.

tendeu?


4.6.12

mal du siécle

Se me permitem, gostaria de reformular a imagem de homens presos e acorrentados no fundo de uma caverna. Pra mim, o individualismo é o que mais marca esse século horroroso. E aí, resolvi adotar a imagens de fetos que são novamente envoltos pela placenta. 
Placentas individuais, próprias, únicas. 
E no lugar da mãe que decide por nós, o consumismo, a ignorância, o pensamento da maioria. 
Quando o outro decide ou faz algo que não gostamos, damos uns chutes aqui e lá e pronto. Nos damos por satisfeitos e logo retornamos à posição fetal, a mais cômoda de todas.
Pra mim, vivemos num mundo todo falso.
falsas sensações.
falsos sentimentos.
falsa segurança.
falsos prazeres.
falsas relações.
falsa liberdade.
falso pensar.
falso agir.
falso falar.
falsas noções.
falso viver.
falso ser.
tudo é falso.
e tudo nos falta.

Rompam suas placentas e permitam-se nascer novamente!
Não seja alheio ao que acontece ao redor.
Pare. Ouça. Escuta. Sinta.
Mas de verdade!
Esqueça os relógios e os celulares por um tempo.
Dê carinho a um cão.
Olhe para o céu, contemple as estrelas e lembre-se do quão ínfima é a sua existência diante do Universo.
E não fique melancolizado por essa constatação. Aprenda com ela que a vida é mais curta do que o mercado e  o consumismo nos vendem. Permita-se sair da dieta. Converse mais. Interaja, mas ao vivo e a cores. Não fique colocando filtros na sua vida como se seus olhos fossem o Instagram.
Tire fotos com o coração.
Não faça o bem e grite ao mundo inteiro que você o fez.
Simplesmente faça.

Por mais auto-ajuda que isso pareça(e é), é angustiante perceber a quantidade de pessoas que se acomodaram. Que não lutam por mais nada. Que estão satisfeitas com o lugar em que chegaram. Que não possuem mais sonhos.
Junte dinheiro pra ir viajar, não pra comprar um tablet.
Malhe o cérebro.
Leia um livro.
Mas não se apegue às ideias. Elas são voláteis. Permita-se mudar o tempo todo.
Nossa existência é um mero acaso, um encontro de gametas.

E sinta.
Feche os olhos e aguce os outros sentidos. 
E deixe estar.

Porque me dá desgosto viver numa sociedade assim. E eu não quero fazer parte disso.