12.11.12

.

às vezes a gente pode demorar pra entender que certas pessoas não são tão legais assim.
às vezes a gente se esquece que a famosa frase "eu vou mudar" pode ser a coisa mais absurda que voce já ouviu na vida.
às vezes a gente se esquece de fazer as coisas sem pedir nada em troca.
às vezes a gente demora pra entender que cada um é cada um, por mais que isso te irrite.
às vezes não cai a ficha de que o certo pra você pode ser o errado para o outro.
às vezes a gente acha que ama, mas na verdade se está acomodado.
às vezes a gente se esquece de que é impossível confiar 100% nas pessoas. everybody lies, lembra?
às vezes a gente culpa o outro por puo orgulho e demoramos pra finalmente entender que a culpa era nossa mesmo.
às vezes a gente exige perfeição alheia, mas aí nos lembramos das merdas que já fizemos 1, 2 ou 10 vezes.
às vezes a gente culpa os pais, mas quando menos se espera, estamos agindo iguais a eles.
às vezes a gente acorda cansaço, mas se lembra de que a vida é isso aí mesmo.

eu não acreditei quando me disseram que as coisas só iriam piorar depois que eu ficasse 'adulta'.
claro que eu sabia que elas iam ser diferentes, mas quando você chega ao ponto de escrever 'dormir' na sua agenda, é porque a coisa tá preta.



o ano já podia acabar pra mim.
e nem é uma questão de cansaço.
é uma questão de que já deu o que tinha que dar.

já me considero fechada para balanço.

muitas coisas perderam o sentido.
muitas coisas ganharam novo significado.

e ano que é ano não podia acabar sem um episódio de herpes e uma unha encravada.

ai,que merda.
já deu de gente preconceituosa.

7.11.12

uma escrita de si.

será que a gente sabe mesmo o que quer?
será que a gente sempre soube o que queria fazer?

será que ter planos é tão bom assim?

confesso que não faço o tipo 'deixa a vida me levar'.
infelizmente.
gostaria muito de viver sem me preocupar com o amanhã.
a vida é muito curta pra gente fazer planos muitas vezes tão distantes.
eu sei que dá uma sensação boa de segurança e tudo mais.
só que é um saco ter sua vida programada.

sei lá.
a professora que dá aula sobre Proust funciona como uma terapeuta.
ela é muito fofa e muito foda.
e ela fala a real das coisas, sabe?
outro dia ela disse
"vocês que um dia quiserem ser mães, não se espante se você sentir vontade de jogar seu bebê pela janela, mas não faça isso! é sempre bom ter alguém pra te ajudar nos primeiros meses pra você não se render a essa vontade"

ou então
"não entendo esses presentes de dia das mães com escritos do tipo 'melhor mãe do mundo'. ninguém é a melhor mãe do mundo, isso é impossível. por isso eu sempre peço uma garrafa de whisky de presente".

ela fala muitas outras coisas maneras, e todos curtem a aula dela.
fiquei feliz com meu 9 na prova dela.
tava foda pra carai.

com ela eu li santo agosinho, que me fez entender, dentre outras coisas, que é preciso sentir a necessidade de mudança dentro de você.
por mais que te forcem ou te aconselhem, essa vontade inicial tem que partir de dentro.
(ok, ele disse isso no contexto 'ser católico', que eu também achei super válido. não vá pra igreja porque mandam você ir. sinta a conversão e aceite-a antes de se declarar 'sou isso' ou 'sou aquilo'.

quase tudo arranjado pra minha viagem.
só falta o visto,ae.
e sinto um certo bullying quando digo que vou ficar 1 mês em NY.
me olham tipo "sua capitalista do caralho, vai fazer o que nessa nação de merda que só fode com a vida dos outros países?"
sim, concordo.
mas não vou lá pra apoiar o governo deles.
''por que você não foi pra Londres, é muito mais trend!"
por dois motivos: não gosto do sotaque(=não entendo) e nem o clima.
ponto.
e me deixa, eu vou pra onde quiser.
quer ser antiamericano? pare de beber coca-cola então e beba mais guaraná antártica.
argh.
não sei porque ainda me importo com a opinião alheia.

milium planos pra 2013.
TCC na kbça v1d4 lok4.
curso de comunicação visual.
inscrição pra todos os programas trainees possíveis.
quem sabe uma viagem pra argentina em julho.

e é isso aí.
tchau e bom feriado pra vocês.

24.10.12

fim do semestre

mano, todo fim de semestre eu acho que não vou dar conta.
(aí no fim eu sempre consigo).
e isso me dá gastrite, vontade de comer doce e uma preguiça sem fim.

argh.

só por isso que esse blog tá meio abandonado.
minha criatividade também.

fica difícil criar no meio dessa bagunça toda chamada vida.


mas enfim.
a gente vai se arranjando do jeito que dá.

e vou te contar uma coisa.
o mundo podia acabar esse ano mesmo, peloamô.

28.9.12

Como pegar mulher

Eu tentei com muita força não começar a fazer posts a lá Revista Cláudia. Mas eu não consegui me segurar.
Cansei de ouvir homem reclamando que mulher é isso, porque faz cu doce, e joguinhos e bla bla bla.
A culpa não é nossa se vocês não sabem o que fazer.
Então eu resolvi ajudar.

(Pra começo de conversa, eu não curto muito o termo 'pegar'. Acho extremamente machista. Coloquei no título só pro meu blog aparecer com mais relevância no Google, rs. Porque eu imagino os caras digitando isso no campo de busca. Então né, vamos facilitar.)

Antes das dicas, ó homens, perguntem-se que tipo de mulher vocês querem. Sim,porque não dá pra generalizar. O que vocês lerão a seguir serve pra tentar dar uns pegas em mulheres no mínimo inteligentes e de bem consigo mesmas. Já aviso que se você quer essas mulheres malhadas sem cérebro ou ninfetas de ensino médio e afins, feche a aba e programe seus rolês pra academias, micaretas e raves. Ainda existem raves?

Ok ok, dica número 1 valendo mil reais:
Supondo que você se interessou por uma mulher do trabalho ou da faculdade. Não me venha com 'eu me interessei por uma da 8ª série'. Eu estou falando de mulheres, não de garotas. Tá. Você é amigo dela? Se sim, parabéns. Se não, parabéns também. Não precisa ser amigo pra pegar.
Todo cara sabe reconhecer quando uma mulher é areia demais pro caminhãozinho dele. Veja se é o seu caso. E, mesmo se não for, não se preocupe. Você consegue ganhar pontos com a mina compensando em outros aspectos.
A aproximação é muito importante. Em questão de segundos a mulher já saca quais são suas intenções, ainda mais quando ela é do tipo que sabe que é bonita.
Dicas ao se aproximar:
-tenha segurança em si mesmo
-certifique-se de que seu hálito está bom e que seu desodorante não venceu
-não fale cuspindo

Isso é o suficiente.
A dica número dois valendo 10 mil reais é: saiba iniciar e manter um papo.
Nem me venha com assuntos de esporte ou qualquer outra coisa que te faça parecer comum. A não ser que a mulher seja esportiva, o lance é brincar com uma certa inteligência. Pense antes de falar. Isso é importante. E fuja dos clichês quando for elogiá-la. Se ela é loira, não diga que os cabelos dela são como raios de sol ao amanhecer. Isso é frase de filme da Disney. Não seja tão óbvio. Mas também não é pra elogiar a unha daquele dedinho do pé. Diga algo sobre o sorriso, sobre o colo do peito(google it).
Dicas:
-aproxime-se e ofereça-se pra pagar um drink
-não discuta temas polêmicos logo de cara
-se você não sabe o que dizer ao chegar perto dela, diga com a maior sinceridade 'eu não sabia o que dizer, mas não aguentava mais ficar só olhando e precisava vir dizer um oi'.

Dica número 3 valendo 100 mil reais:
Roupas. Ah, roupas. Eu vou direto para as dicas porque tem cara que não tem a menor noção de estilo.
-queime: moletons de meme, shorts de surf, camisetas estampadérrimas, camisas gola polo fakes da abercrombie e afins, bonés v1d4 l0k4, correntes de bicicleta, brincos de 'strass', regatas apertadas que mostram seus músculos com hormônio de cavalo.
-no cabelo: porfa, sem looks inspirados em jogadores de futebol. Nem pense em fazer mechas. A não ser que você ainda viva nos anos 90 e pertença a alguma boy-band,
Tá na dúvida do que usar? Vá de básico: jeans(sem milium zíperes e bolsos e com aqueles tingimentos de pagodeiro), tênis sem molas, camiseta branca(ou preta)


Dicas extras:
-gordinhos, não queiram pegar ninfetas. 'Mulheres' dessa idade não são maduras o suficiente pra entender que um cara gordinho e bacana pode ser um melhor namorado do que um cara de tanquinho com hábitos de lenhador da floresta.
-não se coloque na friendzone: muitos caras reclamam que as mulheres que os colocam na friendzone, e bla bla. As mulheres amam quando conhecem algum cara fofo, atencioso, inteligente, engraçado. Mas elas broxam meio que imediatamente quando percebem que o cara não tem aquele quê de pegada forte típica dos Don Juans da vida. Ache o equilíbrio entre ser cute e ser cafajeste.
-haja com maturidade: a gente sabe que vocês demoram pra amadurecer. Mas então não queira namorar se você ainda brinca de montinho com os seus amigos.
-aos que tem espinha: não tenha medo de ir ao dermatologista. Isso não te faz menos homem.
-aos que acham que não tem nenhum atrativo: qualé, você deve ser bom em alguma coisa. Ou então pare de jogar video-game e vá socializar com o mundo lá fora pra você aprender a conversar.
-ei você que tem 30 anos e mora com o pais: pf, saia de casa e get a real life. É realmente triste ver que você acha mais confortável ficar dentro do ninho do que colocar a bunda pra fora e começar a se virar.

E molieres, porfa, parem de se fazer de difícil. Você só perde tempo. Uma coisa é não querer parecer desesperada ou carente. Outra é ficar se achando a mulher mais top da balads. A partir do momento que você desce do pedestal que podem ter te colocado, fica mais fácil perceber a quantidade de caras bacanas que existem por aí. Esqueça isso de 'ai, eu preciso me dar o valor'. Sabe? O importante é ser feliz e ligar o botão do 'foda-se' pra aquilo que os outros possam dizer. Respeite-se e ame-se. Mas não deixe de curtir a vida pensando no que irão falar.

25.9.12

você acredita no quê?

Há uns tempos eu me declaro sem religião. A católica não servia mais pra mim.
Não depois de tudo o que eu lia, tudo o que eu discordava e todas as aulas sobre Renascimento e Santo Agostinho que eu tive.
Entendam, meu problema nunca foi com a questão da fé. Acredito sim que há algo(não sei dizer se é um Ser) muito superior a todos nós chamado comumente de Deus. O problema era engolir goela abaixo os casos de pedofilia, a proibição de abortos nos fetos anencéfalos, a mania que a Igreja tem de querer controlar todo mundo, inclusive aquelas pessoas que não são católicas, enfim. Não dava mais.

Supondo que eu e meu futuro marido fôssemos católico. Aí nasce um filho meu.
Eu não o batizaria logo de cara. Acho muito injusto impôr o batismo numa fé católica pra alguém que mal sabe que é uma pessoa direito. Eu esperaria meu filho crescer até que ele seja capaz de escolher pra si uma religião. Isso se ele disser que precisa de uma. E ponto final.

Porque o que eu vejo que acontece: muita gente é batizada sem ter como ir contra/ aí vem a comunhão(porque você foi batizada e tem que fazer a primeira comunhão) /  aí vem o crisma(porque você fez a primeira comunhão porque você foi batizada).
Meu ponto é: qual o problema em não querer fazer isso tudo? Por mais que alguém seja criado numa família católica, ela não é obrigada a ser católico também. O que já entra numa outra discussão.
Partilho da opinião de Santo Agostinho.
O catolicismo deve acontecer como que numa conversão, quando você se entrega de verdade à religião e a Deus.
Ir à missa todo domingo porque seus pais querem não faz de você um católico.

E funciona mais ou menos assim com todas as religiões.
Conheço gente que se diz protestante, mas que não frequenta mais os cultos.
Ou então espíritas que não vão ao centro.
De quê adianta, então?

Eu coloquei na minha cabeça que não ia mais me enganar.
Se um dia eu virar católica, vai ser de verdade, sem hipocrisias.

Até aí tudo bem. Escolhi não mais ser católica. 'Simplesmente' acredito em Deus. É o bastante pra mim.
Será?
Conviver com essa espécie de ceticismo tá sendo meio difícil.
Muita gente convive numa boa com isso, mas eu meio que sinto que falta alguma coisa.
Se você é feliz no catolicismo ou em qualquer outra religião e isso te faz uma pessoa melhor, bom pra você. Não é essa minha birra. Minha birra é que não funcionava mais pra mim. E por que é tão difícil encontrar pessoas que me entendam? Como se religião construísse caráter de alguém...

Já me disseram pra esquecer o dark side da igreja católica e ir à missa só pra ouvir a palavra de Deus e tudo mais.
Pra mim isso não funciona. Ou eu vou de coração ou eu não vou.

Acontece que tá me fazendo falta esse quê de acreditar em algo.
Não necessariamente uma religião. Talvez uma filosofia de vida.
Aí você diz 'acredite na filosofia de Jesus!'. Sim, Jesus foi um cara muito especial e ensinou muita coisa bacana. Mas eu me considero cristã. Acredito que ele existiu e tals. Meu problema é com a instituição católica em si. Aí vem o famoso argumento 'aahh, mas você precisa entender que a igreja é feita por homens, e homens erram, e bla bla'. Porra, eles erram há mais de 2000 anos! Será que não deu pra aprender nada? Qual o objetivo do Papa em ir até a África, um dos continentes com os mais altos índices de pessoas com HIV e dizer que é proibido usar camisinha? Ou então quando ele diz 'rezem para os pobres enquanto eu sento aqui no meu trono de ouro sob o túmulo de São Pedro'. Ou é São Paulo?
Enfim.
Fiquei pensando nas filosofias orientais. Acredito que pra aquelas bandas existem muitas tradições e uma cultura muito diferente. Mais calma. Menos ansiosa. Talvez seja disso que eu precise.

Porque quando bate aquele momento de angústia e desespero, eu rezo sim. Mas é meio angustiante pensar que talvez Deus não esteja mais nem aí para os homens.  Até porque, Deus nunca foi responsável pelas más ações que nós, seres tão primitivos ainda, somos responsáveis.

Argh.
Nada faz sentido.

17.9.12

casórios

Casamentos me fazem pensar.
É, eu não preciso de muito pra dar um start no cérebro.
Mas casamentos me fazem pensar. Não no tipo de vestido que eu usarei no dia em que eu casar, ou quem serão meus padrinhos, ou se eu servirei salmão ou macarrão no jantar.
Me fazem pensar no que eu fiz até agora e como eu me imagino daqui uns 10 anos.

É engraçado. Quando eu tinha meus 11, 12 anos, eu já tinha toda minha vida planejada.
Casar aos 25, curtir um ano do casamento, engravidar e ter uns dois filhos aos 27. Parecia perfeito.
E cá estou com 22, longe de casar, engravidar ou ser bem-sucedida profissionalmente.
Mal saí da faculdade ainda,hahaha..
Eu rio pra não chorar.
E casamentos me fazem pensar nisso tudo, sabe?
De quando se era criança e a vida adulta não parecia tão difícil assim.
A gente apelava pra aquelas brincadeiras que diziam qual carro a gente teria, a primeira letra do nome do marido, se iria morar em barraco ou em mansão. Que bom seria se fosse assim. Ou melhor. Ainda bem que não é!

Porque no fim o legal da vida é isso aí.
A incerteza, o medo, as inseguranças.
Seria muito chato se fosse tudo programado previamente, apesar disso causar uma certa angústia e de ser traduzido em miliuma crises ao longo da nossa vida.

Sábado eu fui num casamento.
E, além de um punhado de reflexões, eu percebi que quase ninguém olha para o noivo enquanto a noiva entra.
Com toda certeza, a noiva sempre se esforça ao máximo pra parecer a mulher mais linda do planeta nesse dia. Dieta, massagem, limpeza de pele, depilação, ajustes no vestido, buquê, manicure, penteado, maquiagem, sapato, lingerie.
E o noivo lá.
Só um terno, um corte de cabelo, barba feita, e no máximo uma massagem.
Simples assim.

Eu sempre achei mais interessante olhar pro noivo. E no sábado, o cara já tinha chorado litrus antes de entrar na igreja. Foi emocionante ver a emoção dele.

Só tenho algumas observações quanto aos casamentos:
-favor pararem de usar trilha sonora da Disney, fica muito clichê e nada original.
-favor alimentar os convidados assim que eles chegam ao salão. é um porre ter que esperar você tirar suas fotos pra só depois mandar servir o jantar.
-favor servir sucos como alternativa aos refrigerantes.

obg.

10.9.12

ah,shit

Eu não sei porque eu ainda insisto em confiar no meu cérebro. Ontem à noite eu deitei na cama e me veio uma ideia legal de texto. Mas aí deu preguiça de levantar, pegar o bloquinho de notas e a caneta e resolvi confiar na minha cabeça mesmo.
Oi, não lembro o que eu pensei ontem à noite e cá estou, tentando escrever alguma coisa que preste.

Esses tempos tem sido bastante conturbados pra mim.
Já me perguntaram quem eu sou e ainda não consigo entender como tive a proeza de fechar meu dedo na porta e quase virar o Lula na propaganda da uninove é 10. Só os fortes entenderão essa piada,rs.

Aí tá.
Não consigo mesmo me lembrar.
Sei que o blog tá mais pra cá do que pra lá, mas é normal.

.


27.8.12

celebrar o quê?

E quem disse que precisa de motivo pra comemorar ou celebrar alguma coisa?

Sábado ganhei um pic-nic surpresa com direito a champagne, uva sem semente, kit kat e lanchinhos com queijo. Ah é, e uma flor. Tudo isso durante o pôr-do-sol.

E não quero contar mais nada porque a surpresa foi só pra mim.

Nessas horas que seu coração bate mais forte e seus olhos brilham é que você se dá conta do quanto ama a pessoa.

Te amo,Pipio!

4.8.12

Uma última carta



Não temer a morte. Bom, não parece tão difícil, certo? Afinal, uma vez que se morre, não se tem mais consciência de que se está morto. Confuso? Não, é Epicuro falando. Acho que não tenho medo da morte em si. Tenho medo de morrer num acidente de carro sem que dê tempo de dizer adeus às pessoas que amo.  Mas será que mesmo quando se espera a morte de alguém, fica mais fácil suportar? Talvez. E aí tem toda a questão da idade. Ficar idoso não significa que se esteja mais preparado pra quando a morte aparecer pra dar um Oi. Quando um velho morre, é como se dissessem ''ah,tudo bem, estava velhinho mesmo''. Quando um jovem morre, é mais pra ''nossa, que pena, tinha uma vida pela frente''. Mas o que é viver? Por que fazemos esse tipo de descriminação? Como se um merecesse mais a morte do que o outro. Talvez aquele velho que morreu só estivesse realmente vivendo agora que se tornou idoso. A vida, teoricamente, fica mais mansa e eles podem, enfim, tomar conta de si novamente. Infelizmente não é isso que costuma acontecer. Nosso corpo foi programado para começar a se auto-desligar conforme nossa idade avança. Alguma coisa a ver com a morte das células.

E dessa vez foi você, né vô? Seus 86 anos falaram mais forte. É Paulinho, você deixou saudades.... Todos nós dissemos que tentaríamos consertar você. E acredite, não faltaram esforços. Egoísmo de nossa parte? Talvez. Acontece que queríamos você mais um tempo por entre nós. A sua casa parece grande demais. Ficou vazia. Você, apesar de baixinho, preenchia todos os cantos dela com seu enorme coração. E de repente tudo acabou, como num estalar de dedos. Não, você não sofreu como a vó. Vimos ela definhar por dois anos até que enfim a morte aparecesse a ela. Mas com você não. Uma gripe aqui, uma tosse ali. Só que você nunca reclamava, vô! Como íamos adivinhar que você estava com dor? Poxa, você podia ter dito pra gente... Não é que eu queira te culpar. Simplesmente tinha que ser assim. Não é revolta também. É saudade. E das brabas ainda. Chegar em frente a sua casa e não te ver sentado na varanda vai ser estranho por uns tempos. Não faz mais sentido...

A gente parece ficar anestesiada. Olhar você naquele mar de flores dentro do caixão foi bastante surreal. A gente chora, mas o peso e o nó na garganta continuam. Há alguns dias você ainda me abraçou e disse que iria sarar. Eu fiquei esperando,vô. Mas não tem problema. Não queria te ver sofrendo. Desculpa por não ter passado ao noite velando você. Eu estava cansada, vô. Perdão. Você tava tão frio..e tão bonito. Uma pena que tenham tido que fechar seus olhos. Eles eram lindos e diziam quase tudo. Saiba que foram os seus genes que me presentearam com um par de olhos verdes. Apenas pra mim e pra Mari. Sinto sua falta vô. Cadê seu beijo de boa noite? Cadê você dizendo ''dorme com os anjinhos''?

Vô, você se foi. E não faço ideia de como colocar tudo o que eu sinto em palavras. É vasto demais. Ficam as lembranças. Tão  efêmeras, mas tão cheias de significado.

..os chocolates
..as idas aos pesqueiros e ao sítio
..os passeios em supermercado
..seu amor pelos animais
..as muitas partidas de bingo, truco e caxeta
..você pedindo, sempre muito educado, se eu poderia ir até à farmácia comprar uns remédios que haviam acabado
..as vezes em que dava uma de enfermeira e media sua pressão e diabetes
..você sempre desejando que a gente saísse e se divertisse
..você olhando pra novela que passava na tv e dizendo ''essa novela é bonita,né?''
..seu pedido para que trouxéssemos um sorvete de coco queimado pra você
..ver você se deliciando com suas comidas preferidas
..você contando piada
..você reclamando da política e dos EUA
..

não consigo dizer mais nada.
Por quanto tempo ainda vou me sentir assim?
Vô, não sei também aonde você está.
Perdemos alguém insubstituível. Que deixou várias lições aos filhos, netos e quem mais tivesse convivido com você. As minhas preferidas?
 A lição de calar-se se for pra falar besteira. A lição de que tudo pode ser resolvido calmamente, sem ofensas e brigas.

Emociona demais colocar isso pra fora. Fica bem, tá?
E que o tempo seja capaz de amenizar isso tudo.




"Lights will guide you home
And ignite your bones
I will try to fix you..."


E um obrigado aos amigos que deram força nesse momento. Significou muito pra mim.



22.7.12

nem que sim, nem que não

nem uma ode à magreza ou uma ode às dobrinhas.
uma ode ao amor próprio e amar-se como se é.
nem ateu ou religioso.
apenas alguém que tem fé.
nem burra ou inteligente.
diferentes percepções acerca das coisas.
nem solteira, nem namorando.
só curtindo.
nem velho, nem novo.
apenas vivendo.
nem capitalista, nem socialista.
só torcendo por um mundo mais justo.
nem cru, nem bem-passado.
no ponto.
nem charlie sheen, nem madre teresa.
um ser-humano.
nem branco, nem preto.
apenas com mais ou menos melanina do que você.
nem adolescente, nem adulto.
uma metamorfose ambulante.
nem rico, nem pobre.
dinheiro? é o quê?
nem sábio, nem ignorante.
verdade? existe?
nem alegre, nem triste.
felicidade? cadê?


e deixe soar como uma eterna estabilidade.
não há necessidade de extremos.
será?









porque a gente precisa disso.
menos rótulo.
menos apego.
mais vivência.
e mais consciência de que somos mortais.
até porque, viver pra sempre deve ser uó.
leram minha mão esses dias.
e minha vida vai ser linear.
argh.

20.7.12

le férias

Ahhh,como é bom estar de volta. N.
Brinks.
Sumi por uns tempos porque fui pra Matão, minha cidade natal. de volta pra minha terra.
Tenho parentes por lá ainda,só que a cidade não oferece muitos atrativos. É mais pacata do que Americana.
O intuito de ir pra lá era visitar meu vovô, e depois íamos passar 2 dias em Olimpia. Eu já fiz uma postagem sobre meu dia em Olimpia, mas é que dessa vez eu me diverti mais.
No primeiro dia, entretanto, eu estava menstruada. ¬¬'
Aí fiquei lá, tomando sol igual iguana e tomando uns bons drink de diva, tipo o de champagne com morango.
O ponto alto do dia foi ir embora, porque foi um saco ficar lá enquanto todo mundo ia nadar nas piscinas.
Ainda bem que no dia seguinte já estava tudo bem, e eu ia poder nadar.
Um adendo antes de eu continuar minha narrativa: não ficamos hospedados em hotel. Minha mãe deu migué pra um primo dela e ele emprestou a casa que ele tinha pra gente ficar. ACONTECE QUE NEM ELE OU A ESPOSA AVISARAM QUE HAVIA UMA CRIAÇÃO DE GALOS NO TERRENO DOS FUNDOS.
E se alguém quer me acordar e me deixar mal-humorada pelo resto do dia, é só imitar bichos.
Odeio latidos, miados, mugidos e galos que cantam a noite inteiro.
É, os FDP cantaram a NOITE INTEIRA.
Acordei por volta das 5h puta da vida, e fiz questão de acordar minhas irmãs para se juntarem à minha causa.
Abri a janela do nosso quarto, tirei o pigarro da garganta e imitei um galo cantando.
Pra você ver o ponto em que eu chego quando quero dormir e animais bipolainas não deixam.
Pensei que, ao imitar um galo, eles perceberiam que havia um galo alpha na área e parariam de cantar.
N.
Eles cantaram com mais força ainda.
Continuei cantando até ouvir minha mãe gritar do quarto dela ''PÁRA DE IMITAR GALOS QUE EU QUERO DORMIR!".
Respondi com um "EU TAMBÉM!".
Tá.
Não dormi nada essa noite, mas estava pronta pra nadar.
O dia foi tudibom. Nadei um monte, ri um monte, carneiros comeram meu vestido, quase fiquei sem a parte de cima do biquíni..
Cozinhei na sauna, quase morri afogada na piscina de correnteza, e tals.
Daora.
A não ser pela dermatite que adquiri neste dia.
Meu pescoço queimava e coçava e era uó.
Felizmente passou.

FIM.

1.7.12

motivos

Você sempre me pediu os motivos pelos quais eu te amava.
E eu simplesmente dizia ''ué, porque eu te amo! isso não é o suficiente?".
Acho que não.
Mas aí eu parei pra pensar, e pra te deixar mais feliz, eu resolvi listar os motivos que me fazem amar você cada vez mais. Mesmo que, pra quem olhe de fora, acha que nós somos tão diferentes quanto água e vinho.

Eu te amo por nunca ter desistido da gente, mesmo quando as brigas mais tensas pareciam um prenúncio do fim.
Eu te amo porque você sabe me fazer sorrir quando eu to na bad.
Eu te amo porque quando eu to na tpm, você sabe me desarmar e não liga para minhas reclamações.
Eu te amo porque você me deixa dormir no seu braço mesmo sabendo que vai doer.
Eu te amo porque seus pés são os mais quentes que eu já relei.
Eu te amo porque seus olhos verdes combinam com os meus.
Eu te amo porque você diz que prefere ter um cachorro ao invés de um filho.
Eu te amo porque não liga quando eu falo pra você mudar em certas coisas, pois você alega querer ser uma pessoa melhor.
Eu te amo por você adorar meus amigos, mesmo aqueles mais malucos.
Eu te amo porque você sabe o que quer e sabe o que tem que fazer pra chegar lá.
Eu te amo porque você diz que eu ainda vou ser uma grande escritora.
Eu te amo porque você sempre ficou ao meu lado, mesmo sabendo que eu estava errada.
Eu te amo porque você adora olhar pro céu à noite e ver as estrelas comigo.
Eu te amo porque você sempre me incentivou a ir atrás dos meus sonhos.
Eu te amo porque você nunca me anulou, só me completou.
Eu te amo porque seu abraço parece ser a ferradura mais forte do mundo, e eu sei que tudo está bem.
Eu te amo mesmo quando você está mais pra lá do que pra cá.
Eu te amo até quando você faz uma brincadeira idiota.
Eu te amo porque você faz questão de me ver.
Eu te amo quando você me surpreende.
Eu te amo quando você veio me dar um beijo de boa noite.
Eu te amo porque com você eu posso ser eu mesma, essa pessoa cheia de defeitos e bipolar.
Eu te amo porque você sabe me interpretar como ninguém.
Eu te amo porque não liga quando eu não sei o que comer.
Eu te amo porque seu jeito de encarar a vida é totalmente diferente do meu, e eu aprendo muito com isso.
Eu te amo porque eu sou sangria desatada e você é deixa a vida me levar.
Eu te amo porque você sempre está cheiroso pra mim.
Eu te amo porque seu sorriso é um dos meus maiores motivos para sorrir também.
Eu te amo porque a gente fica bobo quando tá junto.
Eu te amo porque a gente ri das crenças, valores e regras dessa sociedade maluca.
Eu te amo porque mesmo quando eu digo que você é o capitalista da relação, você ri e diz ''eu já disse que não sou a favor do capitalismo".
Eu te amo porque você sabe me dizer quando eu tenho que ficar quieta.
Eu te amo porque você me deixa beber tequila e nunca disse pra eu maneirar.
Eu te amo porque você diz que minha voz é linda.
Eu te amo porque sabe fazer carinho e acalentar como ninguém.
Eu te amo porque mesmo eu tendo uma internet com velocidade igual a sua, você é quem faz questão de baixar os filmes e deixar nosso cantinho arrumado.
Eu te amo porque nossas tardes de domingo morfando na cama são as melhores.
Eu te amo porque pipio e pipia são os apelidos mais engraçados para uma relação.

Eu te amo por muito mais.
E você sabe disso.

E acordei meio assim.
Meio filme romântico.
Meio de tpm.
Meio aborrecida.
Mas muito apaixonada.
E com toda a certeza de que esse namoro ainda vai longe.


Eu te amo, Pipio.

20.6.12

-O que foi?
-Nada.
-Para de dizer isso. Eu sei que aconteceu alguma coisa.
-Então porque pergunta?
-... fala comigo.
-Não quero.
-Por que?
-Porque você não sabe me ouvir.
-Sei sim.
-Não sabe não.
-Tá bom, não quer falar não fala. Depois não reclama que eu não sei te ouvir.
-Me deixa.
-...vai, se abre comigo, por favor!
-Já disse que não quero!
-Você tá de TPM?
-Por que você sempre acha que eu estou de TPM? Não posso ficar magoada sem estar nesse período idiota do mês? Que saco!
-Eu faço brigadeiro pra você.
-Sai, não quero.
-O que você quer, então?
-Que você me deixe em paz. Vai embora e me deixa sozinha.
-Não, eu não vou.
-Que merda, você não consegue me ouvir, né?
-Consigo sim.
-Então porque você não foi embora ainda?
-Porque seus braços ainda estão enrolados em mim...
.
.
.
Sabe, se vocês encontrarem alguém assim, keep it.
Porque mulher pode ser muito troll e falar muitas coisas.
Se você acha que mulheres são complicadas, é porque você só consegue escutar o que sai da boca delas ao invés de ter a sensibilidade de perceber que nossa linguagem não é só falada...

12.6.12

dia dos namolindos.

Bla bla, hoje é dia dos namorados.
Dia em que a grande maioria dos casais se presenteia, faz declarações e juras de amor eterno...
Nada de errado.
O problema é quando esse tipo de coisa só acontece nesse dia.

Parte do meu presente de dia dos namorados foi eliminar meu ciúmes.
Finalmente entendi que, já que não sou dona de ninguém, não posso ter esse sentimento sobre aquilo que não me pertence. Fair enough.

Fikdik se você não sabe o que dar ao seu namolindo(a). Conserte aquilo que está quebrado em você.
E sabe, faz bem.

Ah é.
Não esqueça que antes de amar o outro, você deve amar(e muito) a si mesmo.
Afinal, você é seu único companheiro até o fim dos seus dias.

Argh, meu sono não me deixa divagar mais sobre o assunto.

Só, sei lá, faça valer a pena.
*

6.6.12

´bleh

queria escrever tanta coisa.
mas ai eu sento na frente do computador e não sai nada.
é como se meus pensamentos não se organizassem e virassem uma coisa só.
aí se eu fosse digitar ia ficar mais ou menos assim
ahiusdhiuHIUHDCANFR WÇGI9PWETQIDMN 56F7468 S,21
6s kuhukewhfuhey po KFKSHDGK SS245 huihyui hquiwguiG UHUKXGD KUFHhg ohtus dvkb gUIHIRY8HL kd KHD.

tendeu?


4.6.12

mal du siécle

Se me permitem, gostaria de reformular a imagem de homens presos e acorrentados no fundo de uma caverna. Pra mim, o individualismo é o que mais marca esse século horroroso. E aí, resolvi adotar a imagens de fetos que são novamente envoltos pela placenta. 
Placentas individuais, próprias, únicas. 
E no lugar da mãe que decide por nós, o consumismo, a ignorância, o pensamento da maioria. 
Quando o outro decide ou faz algo que não gostamos, damos uns chutes aqui e lá e pronto. Nos damos por satisfeitos e logo retornamos à posição fetal, a mais cômoda de todas.
Pra mim, vivemos num mundo todo falso.
falsas sensações.
falsos sentimentos.
falsa segurança.
falsos prazeres.
falsas relações.
falsa liberdade.
falso pensar.
falso agir.
falso falar.
falsas noções.
falso viver.
falso ser.
tudo é falso.
e tudo nos falta.

Rompam suas placentas e permitam-se nascer novamente!
Não seja alheio ao que acontece ao redor.
Pare. Ouça. Escuta. Sinta.
Mas de verdade!
Esqueça os relógios e os celulares por um tempo.
Dê carinho a um cão.
Olhe para o céu, contemple as estrelas e lembre-se do quão ínfima é a sua existência diante do Universo.
E não fique melancolizado por essa constatação. Aprenda com ela que a vida é mais curta do que o mercado e  o consumismo nos vendem. Permita-se sair da dieta. Converse mais. Interaja, mas ao vivo e a cores. Não fique colocando filtros na sua vida como se seus olhos fossem o Instagram.
Tire fotos com o coração.
Não faça o bem e grite ao mundo inteiro que você o fez.
Simplesmente faça.

Por mais auto-ajuda que isso pareça(e é), é angustiante perceber a quantidade de pessoas que se acomodaram. Que não lutam por mais nada. Que estão satisfeitas com o lugar em que chegaram. Que não possuem mais sonhos.
Junte dinheiro pra ir viajar, não pra comprar um tablet.
Malhe o cérebro.
Leia um livro.
Mas não se apegue às ideias. Elas são voláteis. Permita-se mudar o tempo todo.
Nossa existência é um mero acaso, um encontro de gametas.

E sinta.
Feche os olhos e aguce os outros sentidos. 
E deixe estar.

Porque me dá desgosto viver numa sociedade assim. E eu não quero fazer parte disso.

31.5.12

mais um sequestro

Gente, o circo ainda tá instalado aqui perto de casa. Depois do show do Yudi, estão divulgando que o Marquito vai vir fazer uma apresentação!

Mas QQQQ
Esse povo tá fazendo plantão nos estúdios do SBT e sequestrando o primeiro que aparece?

Alguém salve o Marquito!


27.5.12

o fim

SPOILER ALERT!
Se você, fã de House, ainda não viu o final da série, feche essa aba do seu navegador. Ou dê uma de curioso e  leia até o fim,rs.

*

House acabou e eu não podia simplesmente não escrever nada por aqui. E na verdade eu não sei nem por onde começar. Quase todo mundo tem uma série favorita. E House foi a minha. 
A série começou em 2004, mas eu só fui descobri-la em 2005. Eu voltei pra casa depois da escola, sentei no sofá pra almoçar e não tinha nada de bom passando na TV, pra variar. No canal da Universal Channel, eu me deparei com um programa chamado House. O nome me intrigou e logo nos primeiros minutos eu já soube que ia me apaixonar pelo seriado. 
House é a história de um médico especialista em diagnósticos. Todos os casos de pacientes com doenças misteriosas são enviados a ele e sua equipe. Acontece que ele é o contrário do que se esperaria de um médico.
House é um médico quebrado. Uma dor constante em sua perna fez com que ele ficasse de mal com a vida. 
Acredito que a razão pela qual o seriado fez tanto sucesso é que fugiu justamente dos clichês de médico bonitão, loiro, forte, sorriso branco e bla bla. Todo mundo se identificou com o lado imperfeito do personagem principal. O mau-humor, a infelicidade, a dor, a tristeza, o pessimismo, o cinismo, a ironia, a sinceridade³, o não gostar de pessoas, a desesperança, o ateísmo, o vício, o egoísmo. 

Óbvio que é muito difícil manter um seriado no mesmo nível do seu começo. Na minha opinião, House foi  realmente genial até a 4ª temporada. A dinâmica dos episódios, o ritmo, as tramas. Depois fica booooring. 
O final da série me desagradou. Passaram 8 anos mostrando as infelizes tentativas de House em se tornar um ser humano melhor e mais "moldado". Uma de sua máxima era "people don't change". E justamente no último episódio da série eles mostram um médico que abriu mão de sua carreira médica e fingiu sua morte para poder passar alguns meses ao lado de seu fiel escudeiro que foi diagnosticado com câncer. Isso não soou muito House pra mim. 
Enfim.
House personifica o lado "podre" que todos temos. Aquele lado de fugir e odiar as convenções sociais, os deveres, as regras. É a vontade de dar uma resposta com tolerância zero pra aquela pergunta infame que fazem pra gente. É o se permitir odiar a sociedade, seus valores, as relações humanas, tão superficiais e efêmeras. 
House lembrou todo mundo desse lado desgostoso que temos dentro de nós mesmos. 

O fato de não conseguirmos controlar as coisas ao nosso redor. O fato de não conseguirmos controlar a nós mesmos. House fez sucesso não só pela inovação no ramo de seriados médicos, com as doenças intrigantes num estilo à la Sherlock Holmes.
House fez sucesso porque todo fã já desejou poder ser como ele em alguns momentos.
Que atire a primeira bengala aquele que não ficou se achando O conhecedor das doenças depois de algumas temporadas de House. Ou que ficou dando palpite na tosse da  vó ou no espasmo no dedinho do irmão.
Eu, particularmente, fiquei mais rabugenta.
Espero que passe.
Porque no fundo, todos nós temos essa dor constante. Em House era no músculo da perna. Sua solução era o vício em Vicodin.
Mas a dor pode se mostrar nas ideias, no coração...e uns a resolvem com religião, ou álcool, ou droga, ou sei lá.


House acabou.
Mas né, fazer o quê.

We can't always get what we want.









24.5.12

dia cu

Antes de virem me xingar nos comentários e mandaram eu pensar que tem muita gente passando por situações mais tensas do que a minha, quero avisar que já sei disso e que procuro fazer a minha parte nesse mundo maluco.
Sem falar que isso é um blog pessoal, é meu, e eu falo o que eu quiser.

*

Quinta-feira eu não tenho aula na Unipica. É aquele dia da semana que eu pego pra colocar minha vida em ordem. Ler textos, escrever textos, ir até o centro da cidade, e bla bla. Até aí tudo bem. O problema é que eu arranjei outra coisa pra fazer. Virei professora. É. Isso ae. Fui na atribuição de aulas e peguei 2 aulas de inglês toda quinta-feira à noite numa escola estadual aqui perto. A classe? A turma do EJA. Esse EJA é como se fosse o Ensino Médio pra quem passou da idade de cursá-lo. Aí como a galere precisa de diploma, existe esse EJA. E 1 ano= 1 semestre. Então é um ensino médio mais compacto.
Beleza.
Aí, como sempre, rola a maior burocracia.
Mas vamos por partes.

Meu dia começava com o seguinte itinerário:
-tirar foto 3x4. 
Motivo: precisava de 3 fotos iguais pra levar no posto médico na hora de fazer a perícia e eu só tinha 2 fotos em casa.
-comprar açúcar mascavo
Motivo: esse açúcar é um absurdo no mercado, mas em lojas de produtos naturais é possível comprar 1 kg por 6 reais. 
-comprar macarrão japonês konac
Motivo: eu vi numa reportagem que uma chef emagreceu litrus com esse macarrão. Logo, todos quer comprar
-ir farmácia
Motivo: tinha que encomendar um remédio numa farmácia e comprar outros 2 em outra farmácia. E são remédios pra minha irmã do meio e tals.
-comprar copo(?) do liquidificador
Motivo: o daqui de casa quebrou e eu tinha que ir até uma loja específica pra achar esse treco
-ir até o Posto de Saúde, fazer a perícia e levar até a escola pra mulher fazer meu contrato
Motivo: porque né, eu virei professora
-comprar botões
Motivo: uma blusa minha de frio está sem um botão e eu quero voltar a usar essa blusa
-fazer as unhas dos pés
Motivo: lembrar que eu ainda sou vaidosa
-escrever 2 posts
Motivo: eu escrevo pra outro blog e preciso entregar o resto da pauta assim que possível e não terei outro dia pra terminá-los.
-ir Muay Thai
Motivo: porque eu tô pagando e é uma diliça lutar
*
Até aí tudo bem. Todas as coisas ficavam mais ou menos perto, ou melhor, nos arredores do centro da cidade.
Acordei às 9h e 9h30 eu já estava saindo de casa.
Comecei pela foto, não achei o macarrão. E tipo, o macarrão emagrece porque tem uma substância nele que vira uma geleia e enche seu estomago,daí você não sente fome. Fui numa loja de produtos naturais, comprei o açúcar e já encomendei essa substância em formato de cápsulas. Para os curiosos de plantão, a substância chama Glucomanan. O próximo item era comprar o treco do liquidificador, que por sinal ficava ao lado do Posto de Saúde. Pensei: ''compro,vou fazer a perícia e na volta passo nas farmácias". Tá. Comprei o negócio e notei que tinha largado TODOS OS DOCUMENTOS EM CASA. E eu precisava desses documentos pra tudo. Ok. Resolvi já passar nas farmácias, comprei os remédios e..fui pra casa. Detalhe que eu moro meio longe do centro, meio bairro rural.Voltei pra casa, peguei os documentos e fui até o posto. Nisso já eram umas 11h20. Descobri que o tal médico da perícia só chegava 12h30. "Ok, eu espero", disse para a moça. E lá fiquei. Sorte que eu era a primeira. O médico apareceu 13h e me atendeu em menos de 5 segundos. ¬¬'''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''
Tá, o pior passou. Estava quase acabando. Só faltava ir até a escola e levar os documentos,ieei.
A escola fica perto de casa, ou seja, longe do centro. Cheguei lá, entreguei a papelada, e estava me levantando pra ir embora quando a mulher me solta um "tá faltando o número do seu PIS". E,q, onde eu tiro isso? "Na Caixa Econômica". Ufa, tem uma agência ao lado da escola. Chego lá e a atendente me diz "a moça que cuida disso acabou de sair pra voltar". Vai demorar? "Uns 40 minutos". Keep calm and kill the system. Eu tinha que resolver isso HOJE. O que eu fiz? Voltei pro centro, AEEE GANHOU, QUALÉ O PRÊMIO LOMBARDI??.
Entrei no banco e só tinha que ESPERAR NA FILA.
Senha da tela: XS060.
Minha senha: XS077.
AEEE, SILVIO, ELA GANHOU O KIT JEQUITI EM BARRAS DE OURO!
Marvin, o robô depressivo MODE ON.
Fiquei lá, esperei, peguei a porra do PIS e voltei pra escola.
Finalmente, todos os documentos OK.
Cheguei em casa 15h. AEEE,RODA O PEÃÃO
Lembrando que eu sai às 9h30.
Pausa dramática e música triste, porfavor.
Cheguei voando, chequei e-mail e Facebook enquanto meus pés descansavam numa bacia com água. Sim, ainda me faltava fazer as unhas. Demorei uns 40 minutos, sentei no computador e escrevi um post. Pensei "o outro escrevo depois". Me arrumei e fui andando até o Muay Thai. Lutei, sou muito foda/forte, bjs.
Voltei, tomei banho. Hora: 19h15. Sentei pra escrever o outro post. 20h: jantei.

Comecei a me arrumar e a reclamar. Eu estava nervosa. Minha primeira aula de inglês. Meu primeiro dia como professora. Eu conheço a fama. Fiquei tensa, com medo de parecer burra e de não conseguir me impôr com esse meu 1,60 de altura. Resolvi ir de salto. 
Saí de casa um pouco antes. Minha aula era às 21h30. Peguei as apostilas, dei uma olhada. Não fazia ideia do que me esperava. Pensei "meu dia foi mega corrido, certeza que a noite vai ser uó". Deu o sinal, fiquei andando perdida dentro da escola porque não sei seguir instruções de direção. Entrei. 10 alunos me olhavam com cara de Q. 2 mulheres e 8 homens. Eu me apresentei, perguntei o nome e o objetivo de cada um. Querem o diploma pra depois fazerem faculdade: direito, biologia, administração, letras, enfermagem, educação física. Então eles tem um sonho. Disse que não sabia por quanto tempo ia ficar dando aula pra eles, já que eu estou substituindo um professor que está de licença. Dei minha aula. O assunto? Verbo to be. Ensinei alguns palavrões em inglês, brinquei com eles. Usei minhas técnicas de teatro pra chamar a atenção deles. Passei lição de casa. A hora passou voando.

Percebi que aquelas brincadeiras com as minhas irmãs de "escolinha" me foram úteis, no fim das contas.
Percebi que não quero que o professor antigo volte. Dar aula é uma delícia.
Percebi que além de bolsista PAD, colunista e voluntária, eu agora encho a boca pra dizer Professora.
Sim, sei que o governo não dá valor, e que déficits existem. Mas dar aula tem um sabor diferente. Ensinar é uma arte.

Meu dia começou cu, mas terminou com uma sensação de "valeu a pena todo o stress e toda a burocracia".

16.5.12

sobre o circo

Descobri que o Yudi fez só uma apresentação no circo perto de casa.
E pra quem entendeu errado, eu não estou desmerecendo a atividade ou os artistas circenses, pelo contrário!
Eu adoro circos, acho realmente mágico. Uma pena as pessoas hoje não darem tanta atenção quanto davam antigamente quando o circo aparecia na cidade.

Eu só estranhei que se instalaram no meu bairro, já que não tem muito espaço. E não é que meu bairro seja humilde, ele só se parece com um bairro meio sítio, meio rural e com vizinhos não muito agradáveis.

E sim, reconheço que antigamente muitos artistas começaram a carreira com apresentações nos circos, porque ia bastante gente ver o espetáculo, mas hoje esse não é o meio mais fácil, já que quase ninguém vai ver esse tipo de arte. Isso foi uma das minhas estranhezas.

Do mais, apoio 100% as idas ao circo, ao teatro, ao cinema, aos festivais e qualquer atividade cultural que aconteça na sua cidade.

a aula

Eu faço uma matéria do Instituto de Artes chamada "Comunicação, cultura, arte e sociedade".  Apesar do nome lindo, nem é tãão legal assim. O professor é meio lerdo e a única coisa boa é que ele passa um filme toda semana. Já assisti "Quero ser grande", "O livro de cabeceira", "Kaspar Hauser", bla bla.
Bom, ontem ele não foi dar aula. Aí foi um aluno dele de mestrado que apareceu lá e disse que tinha um vídeo pra passar.O tal vídeo era uma breve história da propaganda no Brasil desde 1950 até os anos 2000. E já peço desculpas antecipadamente caso eu use palavras e conceitos errôneos. É que eu escrevo no calor da coisa e não sou muito conhecedora de certas áreas.
Breve detalhe: o vídeo havia sido feito por alunos de publicidade da ESPM. Google it se você não sabe o que é.

Ok, vídeo acabou. Confesso que durmi no começo porque né, sou atriz e não sou obrigada 1 2 3. Mas depois eu assisti e fiquei perplexa com certas afirmações feitas por grandes nomes da publicidade. Coisas do tipo "a propaganda tem um papel educador...". Tá.
Aí, quando o cara acendeu as luzes, um outro carinha da sala pediu a palavra e disse que tinha um recado pra dar. Todos fica "Q". E começou. Ele desceu o pau no vídeo, dizendo que tinha verdadeira repulsa pela publicidade, que ele achava um absurdo os valores errados que elas passam, a manipulação das coisas, e etc etc. Ele deu o exemplo daquela propaganda do Mercado Livre que passava há um tempo, aquela que tinha um noivo dentro da igreja, todo nervoso. De repente a porta da igreja abre e vem "andando" até ele uma lambreta amarela. Aí o cara disse "é, eu tenho certeza de que essa propaganda foi muito elogiada entre o meio publicitário, mas olha o valor que ela tá passando! Um cara trocando uma relação afetiva com um ser humano e se casando com uma máquina!". E eu lá, aplaudindo por dentro tudo aquilo que ele estava falando.

Daííí começou o fervo. Todos queriam falar, deu o maior debate. Eu fiquei quieta porque nunca sei o que dizer nessas horas. Eu sempre formulo meus pensamentos depois. Argh.
Eu não sei.

Cada vez menos a gente parece precisar do outro. A tecnologia permitiu que fôssemos mais autônomos, independentes. Vivemos alienados num mundo capitalista que, por definição, visa nada mais que o lucro. E não me venha com o argumento de que o socialismo não convém porque ele tira o individualismo das pessoas. As propagandas e a publicidade fazem isso todos os dias: somos tratados como uma massa que não sabe o que quer. Steve Jobs dizia que o consumidor não sabia o que queria, não é? ¬¬'.

Esse mesmo avanço que trouxe diversas possibilidades é o mesmo que nos anula como seres humanos pensantes. A contradição é a marca registrada desse processo. A mesma empresa que "ordena" que você consuma mais de seus produtos é a mesma que faz propagandas sobre o meio ambiente, biodiversidade, e bla bla.

Eu tenho um pouco de aversão. Nunca fui de seguir modas e tendências. Compro aquilo que fica bonito em mim. Confesso que meu fraco são os sapatos e os perfumes. É porque acho muuito mais fácil comprar sapato, já que é bem difícil que um deles deixe seu pé gordo ou acentue suas imperfeições.

Dá raiva essa aparente autossuficiência que nos vendem. Tudo dá pra ser feito pela internet. Isso facilita muita coisa, mas nos deixa cada vez mais trancafiados em casa.
Eu gostava de ir até às locadoras e perder um bom tempo escolhendo filmes.
E, apesar de ter o senso espacial de uma ameba, não compraria um GPS. Sei lá, eu prefiro ir parando e perguntando para as pessoas.
Odeio³³³³ viajar num carro com os vidros fechados e o ar-condicionado ligado. Sou a favor de vidros escancarados e cabelos bagunçados.
Tablets? Não, obrigada. Não troco meu caderninho de anotações e uma caneta por nada.
 Precisamos de pouca coisa para viver. E acho que nesse sentido, meus pais sempre foram bem conscientes. Não ficavam trocando de eletrodomésticos e outros só porque tinha quebrado ou porque lançaram um modelo mais recente e 2.0.
Meu pai ia lá e arrumava, dizia que não havia necessidade de ficar comprando outro só porque tem um modelo novo.

Entendi que não, eu não preciso de determinadas coisas para ser feliz.
Um celular com internet ia facilitar muito minha vida, mas não quero ter mais uma coisa pra roubar horas preciosas do meu dia.


As normalidades e necessidades humanas são criadas por empresas, governos e propagandas. E já passou da hora de nos revoltarmos e criarmos normalidades com mais valores, menos preconceitos e mais humanidade.
Máquinas não substituem relações humanas. A não ser que você deixe.


















12.5.12

muito,mas muito estranho

Assim, eu já moro num bairro meio surrealista. Vacas e cavalos andando sozinhos pela rua, como se fossem comadres, pessoas bizarras como vizinhos, e acontecimentos ainda mais duvidosos. Bom, fato é que essa semana, um circo se instalou no quarteirão do lado de casa. E já começa daí. Normalmente, os circos que vêm pra Americana ficam instalados num espaço chamado FIDAM, que tem um quintal bem grande, fica perto do centro e tudo mais. Suspeitei desde o princípio que isso estava mal explicado. Circo instalado e aqueles carros de propaganda começam a passar pelas ruas.

Cá estou dentro de casa, quando ouço assim ''Circo Mágico Nacional, este sábado, às 21h,.bla bla...participação do Yudi do Bom dia e Cia, bla bla bla". Q
O que raios o Yudi veio fazer num circo???
Não que o SBT também não pareça com o cenário daqueles filmes sobre palhaços assassinos dos anos 80. Mas fazer turnê com um circo??? Pra quem não sabe, esse aqui é o Yudi:



E tipo, eles ainda ficaram anunciando que ele é o mais novo cantor sertanejo, tipo WTF?????
Sabe o que me parece?
Que ele foi raptado na saída dos estúdios do SBT pelo dono do circo, aí ele foi chantageado, estupraram-no e está preso num cativeiro, sem ter onde fazer as necessidades, com frio e com fome. Certeza que ele está acorrentado nesses traillers que o povo do circo usa. Eu não sei, tá muito bizarra essa história de Yudi em circos e tudo mais.

Vou lá nesse circo pra libertá-lo.

5.5.12

le agora

Posso dar uma de 15 anos que está deprimida, desmotivada, desacreditada mas que ainda tem fé?
E posso usar como trilha uma música da Miley Cirus(véi,não entendo o seriado dela...como que ninguém reconhece?? é a mesma menina, mas que usa perucaaaaaa!!)
okay...



"Every step I'm taking
Every move I make, feels
Lost, with no direction"


num dia chuvoso,voltar pra casa de ônibus, sentar do lado da janela,pensar na vida, imaginar-se num clipe de música, e chorar.
#quem nunca

3.5.12

le projeto

Eu sempre tive um bichinho social dentro de mim. Sempre tive uma motivação do tipo "preciso mudar alguma coisa nesse mundão de Deus". Deve ser por isso que fui escoteira por uns tempos. E não, eu não saia vendendo biscoitos na casa das pessoas.

Coisa vai,coisa vem, fiz 18 anos. Aí sim eu podia ser voluntária em algum lugar. Como eu já havia feito teatro por uns tempos, resolvi participar do Anjos da Alegria. O objetivo era agir a la Patch Adams. A gente se vestia de palhaço, fazia uma maquiagem fofa e nos dividíamos em trios ou duplas. Passávamos a tarde no hospital visitando as pessoas que estavam internadas, numa tentativa de aliviar a dor e fazê-las rir um pouco.
Aqueles que estavam tomando soro ou algum remédio na veia, brincávamos dizendo "aahh, você está aí numa boa, tomando água-de-coco tranquilo, tals". Era bem legal. Eu saía de lá transformada. Fiquei uns meses fazendo isso, até que meus planos mudaram e eu precisei abandonar esse projeto. Mas sinto saudades.
Ah é, a gente fazia mágica e bichinhos de balão. Eu amava fazer isso.

Entrei pra faculdade, voltei pro teatro, terminei o inglês.
Aí acabei o curso de inglês, acabei o curso de teatro e resolvi me voluntariar de novo esse ano.
No bairro do lado do meu, tem uma escola estadual. Não muito diferente daquelas que aqueles filmes de sessão da tarde mostram(escola de periferia, vai um professor tentar mudar a realidade dos alunos, ele é rejeitado, e no fim as coisas mudam e todo mundo pinta o muro da escola no fim do filme). Sim, eu quero fazer a diferença.

Como faço literatura, pensei com os meus botões "farei um projeto pra ensinar literatura!". E sim, prevejo que vou gostar dessa coisa de dar aula.
Nessa escola estadual, existe um projeto chamado Escola da Família. Funciona assim: a escola fica aberta aos finais de semana, e as pessoas se voluntariam para desenvolverem algum projeto. Todos da comunidade podem participar. E na escola que eu sou voluntária, tem gente dando aula de artesanato, culinária, manicure, etc.

Tudo começou quando eu escrevi o projeto "literatura no vestibular".
Acontece que se fosse numa escola particular, todos os alunos iriam participar. Mas numa escola estadual a realidade é diferente. A maioria se forma e vai trabalhar. Faculdade é um sonho muito distante. E eu quero mostrar que não, não é.

E lá ia eu todo o sábado de manhã pra ver se aparecia algum aluno. E nada.
Fiquei chateada. Você se dispõe a fazer alguma coisa e ninguém quer mudar a própria realidade.
É triste.

Conversei com a coordenadora do projeto e pensei "quer saber? eu sou a alma do projeto e vou pessoalmente  bater um papo com esses alunos". E foi o que eu fiz hoje de manhã.

Como eu tenho 5 anos de idade, eu tava mega nervosa. Fiz teatro e ainda suo e gaguejo quando falo perante as pessoas. Seminário na faculdade? Odeio fazer.

Cheguei lá, expliquei todo o rolê. Um cara me acompanhou até as salas dos segundos e terceiros colegiais.
Meu discurso era mais ou menos assim:

"Oi gente, bom dia.(niuba³³³³³³)
Meu nome é Camila, tenho 21 anos e faço Literatura na Unicamp. Eu também sou voluntária do projeto Escola da Família e queria convidar vocês pra virem todos os sábados, das 10h às 11h30. Meu projeto é sobre literatura e minha intenção é mostrar o lado divertido dessa matéria. O projeto está mais pra uma conversa descontraída, pra gente conversar sobre os livros de hoje, entender a estrutura de romances, contos, poesias. É mais uma conversa literária, e pra quem for prestar vestibular, eu posso dar um apoio sobre como ela aparece nas provas e tudo mais. Tem também a possibilidade da gente montar uma peça de teatro no fim do ano baseada em alguma obra que vocês gostam ou que a gente venha a ler. Gostaria muito que vocês aparecessem, e também se não gostarem, sintam-se livres pra não voltarem mais. Tchau gente e obrigada!"

Foi bem rápido, bem niuba.
Quando eu mencionei Unicamp, vi o olho de muita gente brilhar. No fundo, eu quero incentivar essa galera a ler mais. Sim, meu foco mudou. O projeto não vai ser especificamente 'literatura no vestibular'. Tudo o que eu quero é ler contos com o pessoal, discutir assuntos, personagens, autores importantes e ver o que eles acham que é Literatura. Quem sabe num tem algum futuro escritor lá no meio?

Eu fiquei bem nervosa na hora de falar. Mas saí de lá com a esperança que me faltava.
Porque esse ano eu quero fazer a diferença SIM.
E aconselho todo mundo a fazer também.

E notícia do dia: os Backstreet Boys lançarão um álbum novo e o Kevin vai retornar ao grupo(acabou o dinheiro,né Kevin??)


;**


2.5.12

le bagunça

Sério, eu não sei porque ainda insisto no meu TOC de tentar controlar/planejar tudo e todos. Não dá certo.
Acho que é meu cérebro retardado inserido num mecanismo de proteção. Que merda,isso.

Aí você pergunta ''mas proteção do quê e contra quem?"
E eu respondo "não sei".
Na verdade eu acho que sei.

Eu odeio me frustrar. Odeio quebrar a cara. Odeio me encher de expectativa e depois ver elas indo embora como formigas que mudam de ninho.
E na tentativa de evitar isso tudo, eu desesperadamente quero controlar.
"oh mario, why can't i control everybody like i control you" - Sheldon
(não sei se foi assim mesmo que ele disse, mas tá valendo).


Argh.


23.4.12

argh

Acho que meu blog é um dos poucos espaços em que, teoricamente, eu posso dizer aquilo que penso por mais niuba que minha opinião seja.
Sei que se eu não quisesse ser julgada por aquilo que penso, eu deveria estar cultivando um diário ao invés de um blog na internet.
Mas paciência.
Nem todo mundo sabe o que faz. E pra falar a verdade, eu também nunca soube.

Puta merda.
Eu não preciso de um choque da realidade pra saber que eu reclamo demais.
Eu juro que tento evitar, mas tá difícil ultimamente...

A sensação de ''caralho,fiz merda'' é uma das piores possíveis. Ou pelo menos uma das piores que eu já senti. Exceto pela vez em que eu meio que quebrei o cóccix ou tive uma reação alérgica ao própolis.
Anyway....

Eu fiquei meio sem saber o que eu posso falar e/ou escrever.
Sempre fui cabeçuda pra essas coisas.
Sempre falei demais.
E falei coisas que não deveria.

Fazer o quê.
Todo mundo erra,certo?

Só que é um saco isso.
Assumir quem você é, assumir aquilo que você pensa.
Não só dói como decepciona um monte de gente.

E eu sempre fiz o tipo que quer agradar todo mundo.
E falhei.

Eu até tinha ideia, mas não sou eu quem geralmente escolhe the dark side das coisas.
Então eu estava acostumada em sempre aceitar os pedidos de desculpas ao invés de ter que me redimir e pedir desculpas para outras pessoas...

E é difícil.
Viver em sociedade nunca foi fácil.
Ainda mais agora.
Facebook virou muro das lamentações.

Não sei se devo satisfações a alguém.
Aos meus pais sim. Ao meu namorado acho que também.
E só.

Mas realmente não curto essa coisa de viver com a culpa e bla bla bla.
Não sei lidar com isso.

Acho que me encontro num estado de ''quem sou eu''.
E que merda, era pra eu ter passado por isso na adolescência, não agora.

Why I can't always get what I want?

21.4.12

le educação

Outro dia eu escrevi um post revolts falando de mães que não preparam seus filhos homens para a vida. True story e continuo batendo nessa tecla. Mas o tema de hoje post de hoje é pra falar sobre otras cositas. Eu não faço faculdade de psicologia nem nada. Fiz uns meses de terapia e só. Aliás, acho que todo mundo deveria fazer. Ajuda bastante. Enfim.

Primeiro, quero deixar claro aos pais e mães que leem meu blog(se é que eles leem): não me venha com o argumento de "você não entende e só vai entender quando for mãe". Isso é argumento de quem não tem argumento. Eu reconheço que não tenho a maturidade que muitos pais tem, mas também acredito que não é porque alguém se torna mãe ou pai que essa pessoa vira um poço de sabedoria e sensatez. Ela ainda continua um ser humano que erra, e muito!

Sei que muitos pais justificam seus erros dizendo que apenas querem o melhor para os filhos. Acontece que muitas vezes, querer esse melhor é estragar e traumatizar o filho.

Situação 1: quero que meu filho tenha conforto e tenha as coisas que nunca tive. Eu o levarei na escola todos os dias porque assim é melhor pra ele.
-Como eu vejo: você acaba de perder a chance de ensinar seu filho a se virar e aprender a pegar ônibus, por exemplo. E também corre o risco de deixá-lo mimado.

Situação 2: eu sou pai, eu que mando porque eu te sustento.
-Como eu vejo: você, como pai, deve obrigatoriamente dar ou tentar providenciar as condições mínimas para que seu filho seja capaz de viver sozinho quando for a hora. E isso inclui educação, saúde, e bla bla. O argumento de que você manda no seu filho porque você o sustenta deveria ser substituído por "eu mando porque eu sou seu pai, sou a autoridade nessa casa e você me deve respeito".

Situação 3: eu sou pai/mãe e vocês, filhos, devem me seguir aonde eu for e quando eu quiser.
-Como eu vejo: sim, se seu filho for criança ainda. Agora, se o filho tem outras coisas melhores pra fazer, como compromissos com amigos, aniversários e afins, não vejo necessidade dele ser obrigado a ir com você em festas de adulto mega boring. Lembre-se que o que é diversão pra você pode ser um porre para seus filhos. Respeite os compromisso deles também.

Situação 3: meu filho é maior de idade e ainda assim eu o proíbo de beber.
-Como eu vejo: queridos pais, se ele não bebe perto de vocês, certamente ele o fará quando estiver fora de casa. Então, pra quê proibir? Isso significa que você não confia na educação que deu a ele. O seu dever é deixar bem claro as implicações que a bebida traz. E o dever do seu filho é mostrar que ele sabe o próprio limite e que não vai ficar fazendo merda e nem matar ninguém dirigindo bêbado. Depois dos 18 anos, entenda que seu filho já começou faz tempo a pensar com a própria cabeça. E essa é a hora de ver se seus ensinamentos foram válidos.

Situação 4: comunicação é essencial. não haja como pais tiranos e fechados ao diálogo.
-Como eu vejo: acho que isso é fundamental. Filhos que não conseguem conversar com seus pais são os que mais fazem merda na vida. Então pais, não fechem o diálogo quanto a sexo, álcool, drogas e afins. Se você não conversar sobre isso ou até mesmo não conversar sobre nada, traumas profundos se instalarão em seus filhos.

Ah,eu sei lá.
Filhos devem respeito aos pais, nisso eu concordo. Mas não é porque você é pai que você é perfeito e sabe exatamente como educar seus filhos. Se os pais dos seus pais agiam de uma determinada maneira, pode acreditar que seus pais estão apenas copiando o modo que eles foram educados.
Mas pais, saibam que dá pra mudar.
Tem tutorial na internet, tem livros de psicologia, tem terapia em família, tem livros sobre como educar e como proceder. Então não é desculpa agir como a Igreja Católica na Idade Média.

16.4.12

ai,sabe

Até outro dia eu tinha certeza do que queria pra minha vida.

Agora eu não sei mais.

É normal,doutor? - pergunto eu.

Sim. - ele responde. Estranho seria se você chegasse ao fim da vida acreditando e querendo tudo aquilo que você achava que acreditava e queria nas outras fases da sua vida.

Tem cura?

Não. Eu recomendo a exacerbação disso. As pessoas dizem que você deve se manter fiel a todas as suas ideias e opiniões. Já eu acho que seria um erro não abrir sua mente a todas as possibilidades. O homem muda a todo momento. E não tem como lutar com isso.

5.4.12

coelito da pascoalita

bom, só um conselho:
entupam-se de chocolate.
sim.
danem-se o suor, as espinhas e a gastrite que virão depois.

porque páscoa é pra isso mesmo.
comer,comer,comer.
todo mundo busca a felicidade, mas esquecem-se de que a todo momento estão se privando dela.


chega de se culpar por tudo. de que adianta viver 100 anos e viver infeliz e sem poder desfrutar daquilo que gosta?

gordurinhas a mais, perdão, mas não vai ser nesse feriado que eu vou entrar na dieta.

boa páscoa pra vocês.
e não levem tão a sério esse negócio de Jesus renascer. 
você pode não acreditar em nada, mas acredite em si mesmo. se dê uma chance de renascer.
ou whatever.

inté domingo, galere.

3.4.12

to nessas

é, ando muito tensa e as coisas parecem não sair como o planejado.

então eu estou com muita preguiça de postar.

fikdik desse texto. homens,peloamooordedeus, leiam com atenção e aprendam alguma coisa: http://www.casalsemvergonha.com.br/2011/07/05/30-coisas-simples-pra-fazer-sua-mulher-feliz/

27.3.12

do que as mulheres gostam

Primeiro: eu curto muito esse filme,bjs.
*

Eu vou dizer do que as mulheres gostam. Espero que muitas mentes masculinas sejam iluminadas. Não é que nós somos complicadas. A gente dificulta as coisas porque sabe que vocês são capazes de pensarem com o cérebro. Ou seja: nós tentamos estimular o pensamento de vocês. Agradeçam-nos por isso.

Ok. Serei breve.

-Comprar flores e chocolate em datas especiais? isso qualquer homem é capaz de fazer. Quero ver fazer esses agrados em dias normais. Pense nisso.

-Nós temos o cuidado de avisar ''querido, estou de TPM, seja mais carinhoso". Bom,pelo menos eu aviso. Portanto, não nos provoque com brincadeiras idiotas e desnecessárias. Se você sabe que estamos o cão chupando manga, que tal você cuidar da janta e da louça ou ficar fazendo carinho enquanto xingamos Deus e o mundo? Aprenda a saber ouvir.

-Muitas e muitas vezes nós negamos coisas. Tá,eu entendo que seria mais fácil se simplesmente disséssemos o que realmente queremos. Então não confie apenas nas palavras que dissemos. Preste atenção à nossa linguagem corporal e à nossa cara de bunda.

-Não invente de fazer programas masculinos nos dias em que temos pra ficar juntos. A não ser que nós tenhamos algum compromisso, não é justo ser deixada de lado num fds enquanto você toma todas num bar. Sim, concordo que o casal deve ter liberdade individual. Mas faça isso nos dias em que não nos veremos.

-Não nos deixe de lado enquanto você conversa com seus amigos. Tentaremos ser sociáveis, mas passar a noite conversando com as namoradas dos seus amigos não é tão interessante quanto ficar com você.

-O nosso não quer dizer sim mais vezes do que você imagina. Não desista de descobrir a verdade!

-Se você nos pegar num dia cuja nossa libido esteja em baixa, não vire para o lado e durma. Comece com um carinho, faça-nos uma massagem. Mudamos de ideia mais fácil do que vocês imaginam.

-Passamos o dia esperando que vocês liguem. Então, quando vocês o fizerem, não fiquem apenas dizendo ''hum'', ''ham'', ''é''. Queremos que vocês pelo menos pareçam interessados no que estão dizendo. E sinceramente, não suportamos vocês respondem como homens da caverna.

-Sejam capazes de dizer qual remédio pra dor e qual anticoncepcional tomamos. O mínimo é saber como funciona o ciclo menstrual de uma mulher.

-Não queremos jantares caros e diamantes. Queremos pic-nic no parque e bolhas de sabão.

-Gastamos algumas horas nos arrumando. Então se importe mais com a sua aparência. Isso inclui unhas cortadas e axilas perfumadas.

-Tenha a decência de não falar merda na frente dos nossos pais ou amigos. Eles não comandam nossas vidas, mas é desagradável namorar alguém e saber que as pessoas que você ama não gostam de você.

-Como eu li outro dia, gostamos mais do cartão que vem junto com as flores do que elas em si. Sente para escrever alguma coisa antes de presentear a mulher que você ama.

*
Argh, não sei se consegui me fazer entender.
Fato é: homens, não somos complicadas. Vocês é que tem preguiça de pensar.

17.3.12

le amor

Você sabe que ama quando olha pra pessoa e sente que nada mais importa.

papel do humor

Sou péssima para contar piadas. Minha memória é de uma pessoa com Alzheimer.
As únicas que lembro são aquelas de pintinho que caem, que não tem cu e explodem,enfim. E tem aquela das FUmigas também. Só. Esse é meu repertório.

Ultimamente, todo mundo no Brasil começou a achar que sabia fazer comédia stand-up. Acham que é a tarefa mais fácil do mundo. ¬¬.

Mas o post não é pra falar só disso. Num curto intervalo de tempo, houve um boom de humoristas por aqui. O problema é que muitas pessoas não entenderam direito o papel do humor. Ou melhor, o poder que ele tem.

Todo mundo já deve ter cansado de ouvir a história sobre o Rafinha Bastos e sua vontade de comer o bebê da **Wanessa**. Eu fiquei indignada não pela piada em si. Claro, ela foi infeliz e sem graça. O problema é que sóó porque fizeram uma piada com a RAINHA DO POP e seu feto, o cara já foi expulso do programa, processado,e bla bla. Sim, ela tem o direito de não ter gostado da piada. Se bem que o bebê não deve ter se importado tanto. O que me irrita é que se fosse uma pessoa comum e não-pseudo-famosa, o cara ia ter continuado lá, apresentando o CQC. 

Recentemente, um humorista fez uma piada comparando o tecladista - que era negro - da banda que estava tocando no local com um macaco. O show era intitulado como "Proibidão", e as pessoas assinavam um termo dizendo que não iriam se sentir ofendidas com as piadas que ouvissem. Porém, o músico não havia assinado o tal termo. Aí ele ouviu a piada e chamou a polícia.

E eu me pergunto:
-qual o limite do humor?
-qual a noção de humor dos humoristas de hoje?

Quero dizer, claro que toda piada tem um alvo. No meu entendimento, o humor sempre irá criticar alguém, ou algum tipo.
É a partir do riso que o ser-humano se reconhece como ridículo. O humor precisa ter a função de incomodar sim, mas é um incômodo que leva as pessoas a ficarem inconformadas com determinadas situações e se sentirem impulsionadas a mudá-las.
Por exemplo: fazer piadas com a política e os políticos brasileiros. Todo mundo ri. Mas por quê? Porque todo mundo sabe que é verdade. E nisso as pessoas ficam mais putas com as merdas que a gente vê na política daqui e talvez resolvam se mexer.

Mas, qual o intuito de se fazer uma piada que compara o negro ao macaco? Preconceito racial é crime. Qual a graça de uma piada assim? 
Uma coisa é você tirar sarro da eterna contradição desse país tropical. Outra coisa é tirar sarro de deficientes, negros, loiras, japoneses, portugueses. Sinceramente, não tem graça nenhuma. Piadas baseadas nesses esteriótipos são um lixo.
É possível fazer humor sem ofender ninguém?

Não sei. Só não acho nada inteligente esse tipo de humor à la Zorra Total e A Praça é Nossa.
Isso sem falar nesses caras que fazem stand-up e se acham o máximo.
Que eu saiba, a comédia stand-up é aquela em que uma pessoa vê graça nas coisas do dia-a-dia. Subir num palco pra comparar um negro a um macaco é coisa de retardado.

Quanto à censura que foi imposta a diversos humoristas de fazerem piadas com políticos: acho ridículo. 
Acho sim que limites devem existir. Acho que falta bom-senso pra determinados humoristas. 

Argh,não sei se consegui me fazer entender. Nunca sei.
Só sei que esse assunto deve ser levado mais a sério.



4.3.12

oh really

Eu demorei tempo demais pra perceber certas coisas. E por mais que tivessem me avisado, eu não escutei direito.
Não sou a maior perita em relacionamentos(embora escreva diversos posts sobre). Sem falar no fato de que meu primeiro(e atual) namorado eu conquistei aos 19 anos.
Enfim.

Queria fugir dos clichês quanto a esse assunto, porque né.. Meu blog não é revista Cláudia.
Eu só queria, sei lá, tentar deixar bem claro minhas conclusões, já que vira e mexe as pessoas me entendem errado e eu tenho sérios problemas com coerência e coesão e bla bla.

Curto fazer listas, então vou enumerar minhas descobertas pessoais:

Às vezes:
-o problema é você, não o outro.
-você que fez a merda e estragou tudo.
-você que é orgulhoso demais para pedir desculpas e admitir seus erros.
-você afasta quem ama.
-você cobra certas atitudes que nem você é capaz de fazer.
-você consegue ser mais estúpido do que imagina.
-você descobre que tem o coração mais frio do que lagartixa.
-você percebe que perdoar é mais difícil do que parece.
-você só consegue ver o lado ruim do outro, e isso acaba com qualquer relacionamento.
-você está deprimido e achando que sua vida é uma merda, mas isso não te dá o direito de levar o outro junto pro fundo do poço.

O que eu quero dizer é que, muitas vezes, as pessoas culpam o outro pelo término do amor ou de um namoro. Mas na verdade, essas mesmas pessoas foram aquelas que mais deram carta branca pra que isso acontecesse.

Isso não significa que você é o errado sempre. Há certas atitudes que não devemos tolerar, e você deve ter isso bem claro na sua mente. Caso contrário, você sempre estará dando mais uma chance pra pessoa que fica cometendo o mesmo erro over and over again.

Pergunte-se: o que eu não tolero de jeito nenhum?
E não deixe ninguém fazer isso com você.

Relacionar-se não é e nunca foi fácil. A gente acaba descobrindo muito mais coisas sobre nós mesmos.
É entrar em contato com outro estilo de vida, educação, valores. E quanto maiores as diferenças, mais tenso.

Mas nada que a gente não aprenda a lidar. E, por mais que as pessoas não mudem, eu sei identificar quando elas querem ser uma pessoa melhor.

Afinal, quem anda pra trás é peru.

Esse fim-de-semana me mostrou o quão idiota eu fui.
E mais: abriu meus olhos e me fez perguntar o que tinha acontecido com meu antigo eu.
E mais ainda: fiquei horrorizada com o que vi.
E mais além ainda: já passou da hora de eu superar certos traumas e de aprender a engolir meu orgulho.

*
''não espere a morte se aproximar
para que você resolva brilhar e fazer as coisas acontecerem.
isso é um direito das estrelas!"
*

argh, não levo jeito pra poesia,mals ae.
mas num é triste pensar nisso?
As estrelas mais que brilham mais fortes são as que estão morrendo...
=((

*

Mor, eu te amo.
E não se atreva a esquecer isso!

1.3.12

le educação masculina

Sério, não dá pra entender. Eu particularmente tive uma criação muito livre e independente.
E tipo, sou mulher, sabe? Teoricamente, visto o que sempre se pensou durante um tempo, mulheres eram pra ser criadas debaixo dos panos enquanto os homens eram jogados aos jacarés para aprenderem a se virar.

Hoje em dia é meio misto. E tenho uma grande dificuldade pra aceitar os pais que teimam em não educarem seus filhos para o mundo.
Então, pais que leem meu blog: não há nada de errado em ensinar seus filhos(homens e mulheres) a cuidarem de casa no sentido amplo da palavra. Ou seja, limpar, lavar, cozinhar, pegar ônibus, pagar conta no banco, tomar conta de irmão(quando eles ainda precisam de uma babá).

Meus pais sempre trabalharam, e eu sou a mais velha entre minhas irmãs. Cansei de ir em reunião escolar no lugar da minha mãe, e de certo modo tenho orgulho disso. Eu me sinto mais envolvida.
Meus pais também sempre foram transparentes quantos aos gastos da casa e tudo mais. Acho importante que um filho tenha noção de quanto dinheiro se gasta para manter uma casa funcionando.

E mercado então? Também cansei de ir fazer compras pra minha mãe. Ela me dava o cartão e lá ia eu escolher algumas batatas e cebolas. Consigo fazer uma compra grande em menos de uma hora.

Até uns meses atrás, a empregada ficou afastada por uns 3 meses. Eu tava no fim do semestre, cheia de coisas pra fazer. Ah, e não é porque a gente tem empregada que as pessoas daqui não sabem se virar. Todo mundo sabe limpar a casa e fazer a coisa dar certo.
Enfim...nessa época, eu aprendi a lavar banheiro, aprimorei minhas receitas, varri casa, passei roupa, lavei roupa, estendi roupa, cortei grama, rastelei grama, tirei lixo, tirei pó, lavei tapete. Eu sei me virar.

Acho escrotisse quando dizem "ainda bem que você sabe fazer tudo isso! porque né, mulher tem que saber fazer essas coisas''.
E não consigo entender mães de homens que teimam em criá-los como reis. E não é só os filhos não, maridos também. Depois, os filhos crescerão achando que devem casar com uma mulher que também deverá cuidar deles como reis.
Ficou louca quando vejo a mãe escolhendo e comprando roupa pro filho, fazendo mala de filho, guardando a roupa do filho no armário e perguntando pra filhos de mais de 15 anos se eles "já escovaram os dentes". Bitch, please.

É uma questão de sobrevivência,sabe? Essas mães tinham que saber que o mundo mudou. As mulheres não optam mais por ficar em casa fazendo serviços de casa.
Criar um filho independente é a coisa mais importante que os pais devem ensinar. Pegar ônibus, cozinhar pra si mesmo. Se virar, sabe?

Tem mãe que acha que o filho, por ser homem, só vai fazer merda e vai fazer de qualquer jeito porque ele não tem o ''jeitinho feminino'' pra coisa. Mas é só ensinar! É só mostrar como se faz!

E filhos homens que não tomam a iniciativa em aprenderem certas coisas são igualmente culpados.
Não há nada mais broxante do que homens filhinhos de mamãe. Fikdik.

Ah é, outra coisa. Machismo é querer poupar o seu precioso filhinho de fazer "serviço de mulher". Mas ao mesmo tempo, você estraga seu filho ao não prepará-lo para viver.
É como eu li num texto outro dia: "homem que não sabe limpar um vaso sanitário não vai saber limpar as merdas que ele fizer durante a vida". OU SEJA. Mamis queridas, parem de mimar seus filhinhos.

Essa coisa de "virar homem" está justamente ligada a isso. Virar homem não é virar um rude lenhador da floresta que come coelho assado numa fogueira. Virar homem é saber sobreviver, é saber o que fazer quando a mamãe não estiver mais lá.

Seu filho ficou doente?
Homem tem mania de fazer drama por tudo.(depois mulher que é frescurenta com cólica). Sendo assim, não vá até a cozinha fazer chazinho e pegar remedinho e levar na boquinha dele. A não ser que o cara esteja REALMENTE doente(e não com uma gripezinha qualquer), mande ele levantar da cama e ir lá pegar as coisas.

Tem filho que não sabe nem localizar as coisas dentro da própria casa! Saco de lixo, guardanapo, vassoura. Meu, você vai morar sozinho um dia,entendeu?

Então, cortem essa merda de cordão umbilical. Porque, queridas mamães, nós NÃO vamos cuidar do seu filhinho como um rei. Ele que aprenda a ser vassalo.

Fikdik que eu não estou errada:
http://estilo.uol.com.br/comportamento/ultimas-noticias/2011/07/04/diferencas-na-criacao-de-meninos-e-meninas-podem-prejudicar-a-crianca-veja-exemplos.htm

21.2.12

ô mila

Todo Carnaval tem seu fim, como diriam Los Hermanos.
Não é meu feriado favorito, mas ele é especial pra mim. Esse ano eu fui pra Itatiba,  onde meu namoro começou oficialmente há 2 anos e uns trocos.
No sábado, a gente foi pro clube da cidade pra "pular Carnaval". Segue abaixo o hino do clube:

Quem vem de lá, sou eu morena
Abre a porteira que eu quero passar
Vermelho e preto, sinal de guerra
É o Itatiba que estremece a terra!

Dahora a vida. Eu surtei no baile. Tava num dia muito uó, ou melhor, naqueles dias em que nenhuma mulher gosta de estar. Nem me importei. Pulei, cantei e dancei. E quando cantou "Mila", do Netinho?? HAHAH, adoro 'ter' uma música só minha.
No dia seguinte a gente foi na festa da uva de Vinhedo, e tinha show do Michel Teló. E não, ele nem canta só "nossa,nossa,assim você me mata". Ele tem bastante música até. E tirando a parte em que trinta mil pessoas pisaram no meu pé, estava divertido também.
Tinha muita gente feia também, qq é isso.

Mas..é Carnaval. O último Carnaval de nossas vidas, porque né, o mundo acaba em dezembro,galere.

Enfim. Foi um bom feriado.
Argh, na minha cabeça eu tinha montado um post bem mais legal, mas esqueci.

Vou inaugurar a seção Psicologia de Casos de Família.
E vai ser pra dar dicas aos pais e filhos que curtem ler esse blog,pra ver se alguém aprende alguma coisa.

No mais,
http://www.youtube.com/watch?v=drtbbJ-niTc

16.2.12

nhé..

preguiça de escrever aqui galera,mals ae.

férias are boriiinggg

depois do Carnaval eu escrevo, porque aí é certeza que vou ter alguma coisa pra contar.

porque né, meu namorado me pediu em namoro no Carnaval.
OWWWWWNNNNNN, TODOS SUSPIRA
.


no mais é isso.
tô fazendo uma dieta maluca, tô morrendo de fome e é isso aí.
no pain,no gain.

2.2.12

say what

O que foi? Eu gosto desse título. Pode voltar uns anos e ver que 'say what' aparece bastante por aqui. A verdade é que eu, até hoje, não me destaquei em nada. Sempre fui do tipo mediana, até pra roupas.

Camila. Desde que vou à escola, sempre tem mais de uma Camila na sala. Sério. E não é diferente na faculdade.
Altura mediana, peso mediano. P, M ou G? M. Sempre.
Calço 37. Quer tamanho mais comum do que isso?

Estilo. Não tenho nenhum. Nem vintage, brega, fashionista. Nhente. Não gosto de calça jeans, sou mais dos vestidos. E salto alto.

Sim. Eu não faço questão de comprar roupa, não tenho saco pra isso. Mas não economizo na hora de comprar sapato, perfume e maquiagem. Minha mãe e minhas irmãs dizem que qualquer dia eu vou sair só de salto alto e perfume, porque não vou mais ter roupa,HAHAHAH.
Aí eu completo dizendo ''sim, e um colar de pérolas, batom vermelho e delineador nos olhos''.

E sério, nunca teve uma coisa em que eu fosse realmente boa pra me destacar do resto. Já fiz ballet, mas não me tornei bailarina no Bolshoi. Fiz pintura em tela, guardanapo. Nada também. Minhas notas? Sempre na média.

Nunca mudei muito o corte de cabelo, ou a cor.

E de repente isso tá me incomodando. Já fiz teatro, violão, canto. E eu sempre na média.
Eu, que sempre me considerei,modéstia à parte, o pacote completo.

Não tiro fotos legais, não tenho seguidores no twitter, não tenho um blog famoso. Mas tipo, o que eu sei fazer?

Sei ler bem rápido. E isso é uma vantagem quando se faz faculdade de Literatura.
Sei fazer sobremesas. Mas isso não é uma vantagem pra quem sempre lutou contra a balança.

Meu rosto não tem nada de especial. Nenhuma pinta ou sarda que o torne mais único.
Tirando os olhos, que nem são tão verdes assim.

E meu pulso? Credo, odeio meu pulso.
Gosto bastante dos meus pés e do meu colo do peito. Deve ser daí a vontade de gastar com perfumes e sapatos.

Não tenho uma prateleira cheia de livros e dvds. Tem uns elefantes indianos pendurados no teto, um poema do Fernando Pessoa grudado na parede.

Nunca fui pro exterior e tirei foto com o Mickey. Quase 22 anos e o que eu fiz de manero até agora?
Minha mãe não me dá dinheiro pra pular de paraquedas ou andar de balão. Juro que vou guardar dinheiro pra me dar um salto de paraquedas de aniversário, nem que eu faça em 12 vezes sem juros.

Realizei sonhos de criança/teen e fui em 2 shows dos Backstreet Boys.

Mas fora tudo isso, sou só mais uma Camila.
Alguns caprichos, TOC's, neuras. Mas nenhum tique nervoso, como ficar piscando toda hora.

Não sou riquinha. Não compro coisa de marca, não tenho sapatos de mil reais. Não faço compras em NY.
Tudo o que eu sei hoje, tudo o que eu já li, já assisti e já ouvi, foi porque tenho amigas experts nesses assuntos.

Não sou parecida com nenhum artista. Não sou nenhuma gênia. Nem pra eu bater a cabeça no asfalto e acordar com cérebro savant(google it).

Queria muito escrever um conto. Mas sempre parei no primeiro parágrafo. Fico pensando ''seenhor, quem vai querer ler essa merda quando se tem tanta coisa boa pra ser lida?''

Argh.

Sucks.

Vou lá jogar baralho com meu avô.

23.1.12

eu tenho medo.

Dessa nova geração. De verdade.
Não sei se dá pra culpar alguém. Fato é que tá todo mundo fodido.
Tá, nem todo mundo. Conheço exceções.

Todo mundo querendo ser mais. Querendo fama a todo custo.
Ninguém tá nem aí pra nada, essa é a verdade.

E esse descaso geral é uma merda.
É um saco.

Não é nem a questão do gosto musical que a galera mais jovem tem.
Deixem eles gostar de Justin Bieber e o caralho a 4.

Todo mundo já gostou de coisas ''ruins''. Faz parte.

Todas maquiadas, magrelas, photoshopadas por redes sociais.
As melhores festas, as melhores baladas, os melhores rolês.

Sentir pena do cachorro que foi espancado?
300 milhões de compartilhamentos.
Deputados filhos da puta aprovando o aumento dos próprios salários?
Ah, que se foda, meu pai é rico mesmo.

Fotos no espelho, bocas de pato.
Garotas tetudas e cérebros murchos.

É nostálgico e sim, sou apegada ao passado.
Sei que as coisas mudaram, que a internet revolucionou muita coisa.

Os tempos são outros, já entendi.
Precisamos sim nos adaptar, saber usar computador, e bla bla bla.
É o futuro,certo?

Passado é aquilo que você escreveu em 140 caracteres.
As notícias voam e perdem a importância como quem descarta um papel de bala.

O que incomoda é a troca de valores.
É a hipocrisia cada vez mais comum.

É perder a noção do que é certo, errado.
Educação? Quem é rico acha que não precisa.

Governos abusando cada vez mais do povo, que cego, é guiado por mídias extremamente manipuladas.
Poder, meus caros, poder.

Não sei.
Deve ser culpa dos hormônios contidos nesses frangos gordos que a meninada come.

Meninos cujos pintos nem cresceram se acham fodões porque beijaram 15 numa festa.
Meninas cujos seios ainda são pequenos, sonham com próteses de silicone.

Mas não perco a esperança.
Ainda acho que a maioria finge gostar de tudo isso.

A puberdade avançada é uma máscara para os jovens caberem nessa sociedade maluca.
Muitas meninas devem ter vontade de brincar de Barbie, mas precisam ficar no Facebook pra parecerem legais.

Muitos meninos ainda preferem jogar video-games ao invés de irem em postos de gasolina e pagarem de ''UI, SOU REBELDE, BEBO ENERGÉTICO''.

Que merda,né?

Todos nós, estigmatizados e tachados.
O esquerdista maconheiro.
O rebelde sem causa.
O ambientalista sem noção.
A biscatinha.
O gay.
A gorda.

Será que foi sempre assim e só agora descobri isso tudo?

Pra tudo existe uma bandeira, uma política, um partido, uma causa a ser defendida.
O dinheiro.
Ah, o dinheiro.

Casa, carro, iPhone.
Internet, TV à cabo, video-game.


Percebe que tudo isso funciona como jaula?
Ficamos presos no conforto de casa, na segurança de um carro com 6 air-bags, nos aplicativos inúteis, nos seriados americanos, nos Mario Bros. da vida.
Não que eu não goste dessas coisas.

Mas me entristece saber que eu também fui enjaulada.

E o que aconteceu com os parques?
Com as pescarias de domingo?
Com as conversas nas calçadas?
Com as jogatinas com os amigos?
Com os livros lidos preguiçosamente numa rede?

Clichê?
Sim, eu sei.

Não me importo.

Quero plantar uma árvore essa semana.
Pra ver aprendo com ela a crescer cada vez mais forte, e não ter medo de mostrar quem realmente sou.
Quem sabe assim,
com o tempo,
eu não proporciono uma sombra numa tarde quente de verão?

22.1.12

a viagem e um pouco mais.

Depois de viver como a Cinderela por uns 3 meses, finalmente pude me dar ao luxo de viajar. Pra onde? Espírito Santo, caros colegas. Pra Vitória, mais precisamente.
E lá fui eu, enfrentar 13 horas de viagem.

Preparei meus bons dramins, minhas boas malas e biquínis e lá fui eu.

A ida foi, argh. Eu sou toda frescurenta pra viajar. Gosto de vidro aberto( sou retrô, não curto ar-condicionado porque gosto do vento de verdade batendo e bagunçando meus cabelos, BEIJOS), gosto de parar em postos e comer coxinha amanhecida, tenho bexiga pequena(logo,eu preciso fazer xixi a cada 1h30), e sempre compro um chocolatinho e bubaloo.

Enfim. Nem sempre temos aquilo que queremos. Sou dessas caipiras que fica toda emocionada quando viaja e vê felicidade em coisas banais. Quando a gente passou pela ponte Rio-Niterói, eu me senti numa novela do Manoel Carlos, com um fundo musical do Tom Jobim. só faltou a regina duarte com pescoço de escoliose do meu lado. 


Ah é. Fazia uns 40 graus do lado de fora. E a gente ficou na ponte por umas 3 horas por causa do trânsito. Mas foi legal ver o Cristo lááá no fundinho da paisagem, o bondinho....mas ai eu lembro da desigualdade e o colorido ficou cinza. =[

Aí tá, chegamos. Todos fica exausto. O dramin me apagou por umas duas horas só, cheguei inteira e sem dorgas no corpo.
Visitei praias lindas, comi camarão, lula, siri, banana-frita, costela do Outback, milk-shake do Mc, comprei um bichinho virtual, tomei sorvete de pitanga, e não fiquei com insolação. FUCK YEAH.

Foi uma semana bem gostosa. Tava precisando de sombra,água de coco e sol. Muito sol.

Prometi a mim mesma que seria mais verdadeira, mais eu.

Falei,falei e falei. E você sabe o porquê. Foi necessário dizer tudo aquilo.

Agora eu me sinto mais feliz. Mais leve. Mais eu.

Falar nisso, os capixabas somam as pessoas,AHHAHAH.

''Ah,foi João, +Carla, +Décio + eu lá no restaurante''.

Era engraçado ouvir eles falando.

Vi coisas lindas. Amei o pôr-do-sol de Vitória. Amei passar essa semana com você.

E as historinhas?
Do vírus que se multiplicou infinitamente e da menina que não leu as instruções e matou o peixe?
HAHAHAHAHA.

Que véio que você é.
*--*

Brinks, você é um lindo.

E eu te amo.

Viajei na pior semana do calendário ''jeito mulher de ser''. TPM mode on.
Quase mati um.

Eu ia de 0 a 80 mais rápido que carro de fórmula 1.
Foi realmente tenso.

Eu ficava me achando ~le gorda~  ~le cabelo ruim~ ~le bochechuda~ .
 Tudo de ruim.

Mas no fim foi tudo bom.

Tava uma delícia.

E o melhor disso tudo?

Ainda tenho mais de um mês pra curtir do seu ladinho.

Simples assim.