28.9.12

Como pegar mulher

Eu tentei com muita força não começar a fazer posts a lá Revista Cláudia. Mas eu não consegui me segurar.
Cansei de ouvir homem reclamando que mulher é isso, porque faz cu doce, e joguinhos e bla bla bla.
A culpa não é nossa se vocês não sabem o que fazer.
Então eu resolvi ajudar.

(Pra começo de conversa, eu não curto muito o termo 'pegar'. Acho extremamente machista. Coloquei no título só pro meu blog aparecer com mais relevância no Google, rs. Porque eu imagino os caras digitando isso no campo de busca. Então né, vamos facilitar.)

Antes das dicas, ó homens, perguntem-se que tipo de mulher vocês querem. Sim,porque não dá pra generalizar. O que vocês lerão a seguir serve pra tentar dar uns pegas em mulheres no mínimo inteligentes e de bem consigo mesmas. Já aviso que se você quer essas mulheres malhadas sem cérebro ou ninfetas de ensino médio e afins, feche a aba e programe seus rolês pra academias, micaretas e raves. Ainda existem raves?

Ok ok, dica número 1 valendo mil reais:
Supondo que você se interessou por uma mulher do trabalho ou da faculdade. Não me venha com 'eu me interessei por uma da 8ª série'. Eu estou falando de mulheres, não de garotas. Tá. Você é amigo dela? Se sim, parabéns. Se não, parabéns também. Não precisa ser amigo pra pegar.
Todo cara sabe reconhecer quando uma mulher é areia demais pro caminhãozinho dele. Veja se é o seu caso. E, mesmo se não for, não se preocupe. Você consegue ganhar pontos com a mina compensando em outros aspectos.
A aproximação é muito importante. Em questão de segundos a mulher já saca quais são suas intenções, ainda mais quando ela é do tipo que sabe que é bonita.
Dicas ao se aproximar:
-tenha segurança em si mesmo
-certifique-se de que seu hálito está bom e que seu desodorante não venceu
-não fale cuspindo

Isso é o suficiente.
A dica número dois valendo 10 mil reais é: saiba iniciar e manter um papo.
Nem me venha com assuntos de esporte ou qualquer outra coisa que te faça parecer comum. A não ser que a mulher seja esportiva, o lance é brincar com uma certa inteligência. Pense antes de falar. Isso é importante. E fuja dos clichês quando for elogiá-la. Se ela é loira, não diga que os cabelos dela são como raios de sol ao amanhecer. Isso é frase de filme da Disney. Não seja tão óbvio. Mas também não é pra elogiar a unha daquele dedinho do pé. Diga algo sobre o sorriso, sobre o colo do peito(google it).
Dicas:
-aproxime-se e ofereça-se pra pagar um drink
-não discuta temas polêmicos logo de cara
-se você não sabe o que dizer ao chegar perto dela, diga com a maior sinceridade 'eu não sabia o que dizer, mas não aguentava mais ficar só olhando e precisava vir dizer um oi'.

Dica número 3 valendo 100 mil reais:
Roupas. Ah, roupas. Eu vou direto para as dicas porque tem cara que não tem a menor noção de estilo.
-queime: moletons de meme, shorts de surf, camisetas estampadérrimas, camisas gola polo fakes da abercrombie e afins, bonés v1d4 l0k4, correntes de bicicleta, brincos de 'strass', regatas apertadas que mostram seus músculos com hormônio de cavalo.
-no cabelo: porfa, sem looks inspirados em jogadores de futebol. Nem pense em fazer mechas. A não ser que você ainda viva nos anos 90 e pertença a alguma boy-band,
Tá na dúvida do que usar? Vá de básico: jeans(sem milium zíperes e bolsos e com aqueles tingimentos de pagodeiro), tênis sem molas, camiseta branca(ou preta)


Dicas extras:
-gordinhos, não queiram pegar ninfetas. 'Mulheres' dessa idade não são maduras o suficiente pra entender que um cara gordinho e bacana pode ser um melhor namorado do que um cara de tanquinho com hábitos de lenhador da floresta.
-não se coloque na friendzone: muitos caras reclamam que as mulheres que os colocam na friendzone, e bla bla. As mulheres amam quando conhecem algum cara fofo, atencioso, inteligente, engraçado. Mas elas broxam meio que imediatamente quando percebem que o cara não tem aquele quê de pegada forte típica dos Don Juans da vida. Ache o equilíbrio entre ser cute e ser cafajeste.
-haja com maturidade: a gente sabe que vocês demoram pra amadurecer. Mas então não queira namorar se você ainda brinca de montinho com os seus amigos.
-aos que tem espinha: não tenha medo de ir ao dermatologista. Isso não te faz menos homem.
-aos que acham que não tem nenhum atrativo: qualé, você deve ser bom em alguma coisa. Ou então pare de jogar video-game e vá socializar com o mundo lá fora pra você aprender a conversar.
-ei você que tem 30 anos e mora com o pais: pf, saia de casa e get a real life. É realmente triste ver que você acha mais confortável ficar dentro do ninho do que colocar a bunda pra fora e começar a se virar.

E molieres, porfa, parem de se fazer de difícil. Você só perde tempo. Uma coisa é não querer parecer desesperada ou carente. Outra é ficar se achando a mulher mais top da balads. A partir do momento que você desce do pedestal que podem ter te colocado, fica mais fácil perceber a quantidade de caras bacanas que existem por aí. Esqueça isso de 'ai, eu preciso me dar o valor'. Sabe? O importante é ser feliz e ligar o botão do 'foda-se' pra aquilo que os outros possam dizer. Respeite-se e ame-se. Mas não deixe de curtir a vida pensando no que irão falar.

25.9.12

você acredita no quê?

Há uns tempos eu me declaro sem religião. A católica não servia mais pra mim.
Não depois de tudo o que eu lia, tudo o que eu discordava e todas as aulas sobre Renascimento e Santo Agostinho que eu tive.
Entendam, meu problema nunca foi com a questão da fé. Acredito sim que há algo(não sei dizer se é um Ser) muito superior a todos nós chamado comumente de Deus. O problema era engolir goela abaixo os casos de pedofilia, a proibição de abortos nos fetos anencéfalos, a mania que a Igreja tem de querer controlar todo mundo, inclusive aquelas pessoas que não são católicas, enfim. Não dava mais.

Supondo que eu e meu futuro marido fôssemos católico. Aí nasce um filho meu.
Eu não o batizaria logo de cara. Acho muito injusto impôr o batismo numa fé católica pra alguém que mal sabe que é uma pessoa direito. Eu esperaria meu filho crescer até que ele seja capaz de escolher pra si uma religião. Isso se ele disser que precisa de uma. E ponto final.

Porque o que eu vejo que acontece: muita gente é batizada sem ter como ir contra/ aí vem a comunhão(porque você foi batizada e tem que fazer a primeira comunhão) /  aí vem o crisma(porque você fez a primeira comunhão porque você foi batizada).
Meu ponto é: qual o problema em não querer fazer isso tudo? Por mais que alguém seja criado numa família católica, ela não é obrigada a ser católico também. O que já entra numa outra discussão.
Partilho da opinião de Santo Agostinho.
O catolicismo deve acontecer como que numa conversão, quando você se entrega de verdade à religião e a Deus.
Ir à missa todo domingo porque seus pais querem não faz de você um católico.

E funciona mais ou menos assim com todas as religiões.
Conheço gente que se diz protestante, mas que não frequenta mais os cultos.
Ou então espíritas que não vão ao centro.
De quê adianta, então?

Eu coloquei na minha cabeça que não ia mais me enganar.
Se um dia eu virar católica, vai ser de verdade, sem hipocrisias.

Até aí tudo bem. Escolhi não mais ser católica. 'Simplesmente' acredito em Deus. É o bastante pra mim.
Será?
Conviver com essa espécie de ceticismo tá sendo meio difícil.
Muita gente convive numa boa com isso, mas eu meio que sinto que falta alguma coisa.
Se você é feliz no catolicismo ou em qualquer outra religião e isso te faz uma pessoa melhor, bom pra você. Não é essa minha birra. Minha birra é que não funcionava mais pra mim. E por que é tão difícil encontrar pessoas que me entendam? Como se religião construísse caráter de alguém...

Já me disseram pra esquecer o dark side da igreja católica e ir à missa só pra ouvir a palavra de Deus e tudo mais.
Pra mim isso não funciona. Ou eu vou de coração ou eu não vou.

Acontece que tá me fazendo falta esse quê de acreditar em algo.
Não necessariamente uma religião. Talvez uma filosofia de vida.
Aí você diz 'acredite na filosofia de Jesus!'. Sim, Jesus foi um cara muito especial e ensinou muita coisa bacana. Mas eu me considero cristã. Acredito que ele existiu e tals. Meu problema é com a instituição católica em si. Aí vem o famoso argumento 'aahh, mas você precisa entender que a igreja é feita por homens, e homens erram, e bla bla'. Porra, eles erram há mais de 2000 anos! Será que não deu pra aprender nada? Qual o objetivo do Papa em ir até a África, um dos continentes com os mais altos índices de pessoas com HIV e dizer que é proibido usar camisinha? Ou então quando ele diz 'rezem para os pobres enquanto eu sento aqui no meu trono de ouro sob o túmulo de São Pedro'. Ou é São Paulo?
Enfim.
Fiquei pensando nas filosofias orientais. Acredito que pra aquelas bandas existem muitas tradições e uma cultura muito diferente. Mais calma. Menos ansiosa. Talvez seja disso que eu precise.

Porque quando bate aquele momento de angústia e desespero, eu rezo sim. Mas é meio angustiante pensar que talvez Deus não esteja mais nem aí para os homens.  Até porque, Deus nunca foi responsável pelas más ações que nós, seres tão primitivos ainda, somos responsáveis.

Argh.
Nada faz sentido.

17.9.12

casórios

Casamentos me fazem pensar.
É, eu não preciso de muito pra dar um start no cérebro.
Mas casamentos me fazem pensar. Não no tipo de vestido que eu usarei no dia em que eu casar, ou quem serão meus padrinhos, ou se eu servirei salmão ou macarrão no jantar.
Me fazem pensar no que eu fiz até agora e como eu me imagino daqui uns 10 anos.

É engraçado. Quando eu tinha meus 11, 12 anos, eu já tinha toda minha vida planejada.
Casar aos 25, curtir um ano do casamento, engravidar e ter uns dois filhos aos 27. Parecia perfeito.
E cá estou com 22, longe de casar, engravidar ou ser bem-sucedida profissionalmente.
Mal saí da faculdade ainda,hahaha..
Eu rio pra não chorar.
E casamentos me fazem pensar nisso tudo, sabe?
De quando se era criança e a vida adulta não parecia tão difícil assim.
A gente apelava pra aquelas brincadeiras que diziam qual carro a gente teria, a primeira letra do nome do marido, se iria morar em barraco ou em mansão. Que bom seria se fosse assim. Ou melhor. Ainda bem que não é!

Porque no fim o legal da vida é isso aí.
A incerteza, o medo, as inseguranças.
Seria muito chato se fosse tudo programado previamente, apesar disso causar uma certa angústia e de ser traduzido em miliuma crises ao longo da nossa vida.

Sábado eu fui num casamento.
E, além de um punhado de reflexões, eu percebi que quase ninguém olha para o noivo enquanto a noiva entra.
Com toda certeza, a noiva sempre se esforça ao máximo pra parecer a mulher mais linda do planeta nesse dia. Dieta, massagem, limpeza de pele, depilação, ajustes no vestido, buquê, manicure, penteado, maquiagem, sapato, lingerie.
E o noivo lá.
Só um terno, um corte de cabelo, barba feita, e no máximo uma massagem.
Simples assim.

Eu sempre achei mais interessante olhar pro noivo. E no sábado, o cara já tinha chorado litrus antes de entrar na igreja. Foi emocionante ver a emoção dele.

Só tenho algumas observações quanto aos casamentos:
-favor pararem de usar trilha sonora da Disney, fica muito clichê e nada original.
-favor alimentar os convidados assim que eles chegam ao salão. é um porre ter que esperar você tirar suas fotos pra só depois mandar servir o jantar.
-favor servir sucos como alternativa aos refrigerantes.

obg.

10.9.12

ah,shit

Eu não sei porque eu ainda insisto em confiar no meu cérebro. Ontem à noite eu deitei na cama e me veio uma ideia legal de texto. Mas aí deu preguiça de levantar, pegar o bloquinho de notas e a caneta e resolvi confiar na minha cabeça mesmo.
Oi, não lembro o que eu pensei ontem à noite e cá estou, tentando escrever alguma coisa que preste.

Esses tempos tem sido bastante conturbados pra mim.
Já me perguntaram quem eu sou e ainda não consigo entender como tive a proeza de fechar meu dedo na porta e quase virar o Lula na propaganda da uninove é 10. Só os fortes entenderão essa piada,rs.

Aí tá.
Não consigo mesmo me lembrar.
Sei que o blog tá mais pra cá do que pra lá, mas é normal.

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