21.4.12

le educação

Outro dia eu escrevi um post revolts falando de mães que não preparam seus filhos homens para a vida. True story e continuo batendo nessa tecla. Mas o tema de hoje post de hoje é pra falar sobre otras cositas. Eu não faço faculdade de psicologia nem nada. Fiz uns meses de terapia e só. Aliás, acho que todo mundo deveria fazer. Ajuda bastante. Enfim.

Primeiro, quero deixar claro aos pais e mães que leem meu blog(se é que eles leem): não me venha com o argumento de "você não entende e só vai entender quando for mãe". Isso é argumento de quem não tem argumento. Eu reconheço que não tenho a maturidade que muitos pais tem, mas também acredito que não é porque alguém se torna mãe ou pai que essa pessoa vira um poço de sabedoria e sensatez. Ela ainda continua um ser humano que erra, e muito!

Sei que muitos pais justificam seus erros dizendo que apenas querem o melhor para os filhos. Acontece que muitas vezes, querer esse melhor é estragar e traumatizar o filho.

Situação 1: quero que meu filho tenha conforto e tenha as coisas que nunca tive. Eu o levarei na escola todos os dias porque assim é melhor pra ele.
-Como eu vejo: você acaba de perder a chance de ensinar seu filho a se virar e aprender a pegar ônibus, por exemplo. E também corre o risco de deixá-lo mimado.

Situação 2: eu sou pai, eu que mando porque eu te sustento.
-Como eu vejo: você, como pai, deve obrigatoriamente dar ou tentar providenciar as condições mínimas para que seu filho seja capaz de viver sozinho quando for a hora. E isso inclui educação, saúde, e bla bla. O argumento de que você manda no seu filho porque você o sustenta deveria ser substituído por "eu mando porque eu sou seu pai, sou a autoridade nessa casa e você me deve respeito".

Situação 3: eu sou pai/mãe e vocês, filhos, devem me seguir aonde eu for e quando eu quiser.
-Como eu vejo: sim, se seu filho for criança ainda. Agora, se o filho tem outras coisas melhores pra fazer, como compromissos com amigos, aniversários e afins, não vejo necessidade dele ser obrigado a ir com você em festas de adulto mega boring. Lembre-se que o que é diversão pra você pode ser um porre para seus filhos. Respeite os compromisso deles também.

Situação 3: meu filho é maior de idade e ainda assim eu o proíbo de beber.
-Como eu vejo: queridos pais, se ele não bebe perto de vocês, certamente ele o fará quando estiver fora de casa. Então, pra quê proibir? Isso significa que você não confia na educação que deu a ele. O seu dever é deixar bem claro as implicações que a bebida traz. E o dever do seu filho é mostrar que ele sabe o próprio limite e que não vai ficar fazendo merda e nem matar ninguém dirigindo bêbado. Depois dos 18 anos, entenda que seu filho já começou faz tempo a pensar com a própria cabeça. E essa é a hora de ver se seus ensinamentos foram válidos.

Situação 4: comunicação é essencial. não haja como pais tiranos e fechados ao diálogo.
-Como eu vejo: acho que isso é fundamental. Filhos que não conseguem conversar com seus pais são os que mais fazem merda na vida. Então pais, não fechem o diálogo quanto a sexo, álcool, drogas e afins. Se você não conversar sobre isso ou até mesmo não conversar sobre nada, traumas profundos se instalarão em seus filhos.

Ah,eu sei lá.
Filhos devem respeito aos pais, nisso eu concordo. Mas não é porque você é pai que você é perfeito e sabe exatamente como educar seus filhos. Se os pais dos seus pais agiam de uma determinada maneira, pode acreditar que seus pais estão apenas copiando o modo que eles foram educados.
Mas pais, saibam que dá pra mudar.
Tem tutorial na internet, tem livros de psicologia, tem terapia em família, tem livros sobre como educar e como proceder. Então não é desculpa agir como a Igreja Católica na Idade Média.

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