31.5.12

mais um sequestro

Gente, o circo ainda tá instalado aqui perto de casa. Depois do show do Yudi, estão divulgando que o Marquito vai vir fazer uma apresentação!

Mas QQQQ
Esse povo tá fazendo plantão nos estúdios do SBT e sequestrando o primeiro que aparece?

Alguém salve o Marquito!


27.5.12

o fim

SPOILER ALERT!
Se você, fã de House, ainda não viu o final da série, feche essa aba do seu navegador. Ou dê uma de curioso e  leia até o fim,rs.

*

House acabou e eu não podia simplesmente não escrever nada por aqui. E na verdade eu não sei nem por onde começar. Quase todo mundo tem uma série favorita. E House foi a minha. 
A série começou em 2004, mas eu só fui descobri-la em 2005. Eu voltei pra casa depois da escola, sentei no sofá pra almoçar e não tinha nada de bom passando na TV, pra variar. No canal da Universal Channel, eu me deparei com um programa chamado House. O nome me intrigou e logo nos primeiros minutos eu já soube que ia me apaixonar pelo seriado. 
House é a história de um médico especialista em diagnósticos. Todos os casos de pacientes com doenças misteriosas são enviados a ele e sua equipe. Acontece que ele é o contrário do que se esperaria de um médico.
House é um médico quebrado. Uma dor constante em sua perna fez com que ele ficasse de mal com a vida. 
Acredito que a razão pela qual o seriado fez tanto sucesso é que fugiu justamente dos clichês de médico bonitão, loiro, forte, sorriso branco e bla bla. Todo mundo se identificou com o lado imperfeito do personagem principal. O mau-humor, a infelicidade, a dor, a tristeza, o pessimismo, o cinismo, a ironia, a sinceridade³, o não gostar de pessoas, a desesperança, o ateísmo, o vício, o egoísmo. 

Óbvio que é muito difícil manter um seriado no mesmo nível do seu começo. Na minha opinião, House foi  realmente genial até a 4ª temporada. A dinâmica dos episódios, o ritmo, as tramas. Depois fica booooring. 
O final da série me desagradou. Passaram 8 anos mostrando as infelizes tentativas de House em se tornar um ser humano melhor e mais "moldado". Uma de sua máxima era "people don't change". E justamente no último episódio da série eles mostram um médico que abriu mão de sua carreira médica e fingiu sua morte para poder passar alguns meses ao lado de seu fiel escudeiro que foi diagnosticado com câncer. Isso não soou muito House pra mim. 
Enfim.
House personifica o lado "podre" que todos temos. Aquele lado de fugir e odiar as convenções sociais, os deveres, as regras. É a vontade de dar uma resposta com tolerância zero pra aquela pergunta infame que fazem pra gente. É o se permitir odiar a sociedade, seus valores, as relações humanas, tão superficiais e efêmeras. 
House lembrou todo mundo desse lado desgostoso que temos dentro de nós mesmos. 

O fato de não conseguirmos controlar as coisas ao nosso redor. O fato de não conseguirmos controlar a nós mesmos. House fez sucesso não só pela inovação no ramo de seriados médicos, com as doenças intrigantes num estilo à la Sherlock Holmes.
House fez sucesso porque todo fã já desejou poder ser como ele em alguns momentos.
Que atire a primeira bengala aquele que não ficou se achando O conhecedor das doenças depois de algumas temporadas de House. Ou que ficou dando palpite na tosse da  vó ou no espasmo no dedinho do irmão.
Eu, particularmente, fiquei mais rabugenta.
Espero que passe.
Porque no fundo, todos nós temos essa dor constante. Em House era no músculo da perna. Sua solução era o vício em Vicodin.
Mas a dor pode se mostrar nas ideias, no coração...e uns a resolvem com religião, ou álcool, ou droga, ou sei lá.


House acabou.
Mas né, fazer o quê.

We can't always get what we want.









24.5.12

dia cu

Antes de virem me xingar nos comentários e mandaram eu pensar que tem muita gente passando por situações mais tensas do que a minha, quero avisar que já sei disso e que procuro fazer a minha parte nesse mundo maluco.
Sem falar que isso é um blog pessoal, é meu, e eu falo o que eu quiser.

*

Quinta-feira eu não tenho aula na Unipica. É aquele dia da semana que eu pego pra colocar minha vida em ordem. Ler textos, escrever textos, ir até o centro da cidade, e bla bla. Até aí tudo bem. O problema é que eu arranjei outra coisa pra fazer. Virei professora. É. Isso ae. Fui na atribuição de aulas e peguei 2 aulas de inglês toda quinta-feira à noite numa escola estadual aqui perto. A classe? A turma do EJA. Esse EJA é como se fosse o Ensino Médio pra quem passou da idade de cursá-lo. Aí como a galere precisa de diploma, existe esse EJA. E 1 ano= 1 semestre. Então é um ensino médio mais compacto.
Beleza.
Aí, como sempre, rola a maior burocracia.
Mas vamos por partes.

Meu dia começava com o seguinte itinerário:
-tirar foto 3x4. 
Motivo: precisava de 3 fotos iguais pra levar no posto médico na hora de fazer a perícia e eu só tinha 2 fotos em casa.
-comprar açúcar mascavo
Motivo: esse açúcar é um absurdo no mercado, mas em lojas de produtos naturais é possível comprar 1 kg por 6 reais. 
-comprar macarrão japonês konac
Motivo: eu vi numa reportagem que uma chef emagreceu litrus com esse macarrão. Logo, todos quer comprar
-ir farmácia
Motivo: tinha que encomendar um remédio numa farmácia e comprar outros 2 em outra farmácia. E são remédios pra minha irmã do meio e tals.
-comprar copo(?) do liquidificador
Motivo: o daqui de casa quebrou e eu tinha que ir até uma loja específica pra achar esse treco
-ir até o Posto de Saúde, fazer a perícia e levar até a escola pra mulher fazer meu contrato
Motivo: porque né, eu virei professora
-comprar botões
Motivo: uma blusa minha de frio está sem um botão e eu quero voltar a usar essa blusa
-fazer as unhas dos pés
Motivo: lembrar que eu ainda sou vaidosa
-escrever 2 posts
Motivo: eu escrevo pra outro blog e preciso entregar o resto da pauta assim que possível e não terei outro dia pra terminá-los.
-ir Muay Thai
Motivo: porque eu tô pagando e é uma diliça lutar
*
Até aí tudo bem. Todas as coisas ficavam mais ou menos perto, ou melhor, nos arredores do centro da cidade.
Acordei às 9h e 9h30 eu já estava saindo de casa.
Comecei pela foto, não achei o macarrão. E tipo, o macarrão emagrece porque tem uma substância nele que vira uma geleia e enche seu estomago,daí você não sente fome. Fui numa loja de produtos naturais, comprei o açúcar e já encomendei essa substância em formato de cápsulas. Para os curiosos de plantão, a substância chama Glucomanan. O próximo item era comprar o treco do liquidificador, que por sinal ficava ao lado do Posto de Saúde. Pensei: ''compro,vou fazer a perícia e na volta passo nas farmácias". Tá. Comprei o negócio e notei que tinha largado TODOS OS DOCUMENTOS EM CASA. E eu precisava desses documentos pra tudo. Ok. Resolvi já passar nas farmácias, comprei os remédios e..fui pra casa. Detalhe que eu moro meio longe do centro, meio bairro rural.Voltei pra casa, peguei os documentos e fui até o posto. Nisso já eram umas 11h20. Descobri que o tal médico da perícia só chegava 12h30. "Ok, eu espero", disse para a moça. E lá fiquei. Sorte que eu era a primeira. O médico apareceu 13h e me atendeu em menos de 5 segundos. ¬¬'''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''
Tá, o pior passou. Estava quase acabando. Só faltava ir até a escola e levar os documentos,ieei.
A escola fica perto de casa, ou seja, longe do centro. Cheguei lá, entreguei a papelada, e estava me levantando pra ir embora quando a mulher me solta um "tá faltando o número do seu PIS". E,q, onde eu tiro isso? "Na Caixa Econômica". Ufa, tem uma agência ao lado da escola. Chego lá e a atendente me diz "a moça que cuida disso acabou de sair pra voltar". Vai demorar? "Uns 40 minutos". Keep calm and kill the system. Eu tinha que resolver isso HOJE. O que eu fiz? Voltei pro centro, AEEE GANHOU, QUALÉ O PRÊMIO LOMBARDI??.
Entrei no banco e só tinha que ESPERAR NA FILA.
Senha da tela: XS060.
Minha senha: XS077.
AEEE, SILVIO, ELA GANHOU O KIT JEQUITI EM BARRAS DE OURO!
Marvin, o robô depressivo MODE ON.
Fiquei lá, esperei, peguei a porra do PIS e voltei pra escola.
Finalmente, todos os documentos OK.
Cheguei em casa 15h. AEEE,RODA O PEÃÃO
Lembrando que eu sai às 9h30.
Pausa dramática e música triste, porfavor.
Cheguei voando, chequei e-mail e Facebook enquanto meus pés descansavam numa bacia com água. Sim, ainda me faltava fazer as unhas. Demorei uns 40 minutos, sentei no computador e escrevi um post. Pensei "o outro escrevo depois". Me arrumei e fui andando até o Muay Thai. Lutei, sou muito foda/forte, bjs.
Voltei, tomei banho. Hora: 19h15. Sentei pra escrever o outro post. 20h: jantei.

Comecei a me arrumar e a reclamar. Eu estava nervosa. Minha primeira aula de inglês. Meu primeiro dia como professora. Eu conheço a fama. Fiquei tensa, com medo de parecer burra e de não conseguir me impôr com esse meu 1,60 de altura. Resolvi ir de salto. 
Saí de casa um pouco antes. Minha aula era às 21h30. Peguei as apostilas, dei uma olhada. Não fazia ideia do que me esperava. Pensei "meu dia foi mega corrido, certeza que a noite vai ser uó". Deu o sinal, fiquei andando perdida dentro da escola porque não sei seguir instruções de direção. Entrei. 10 alunos me olhavam com cara de Q. 2 mulheres e 8 homens. Eu me apresentei, perguntei o nome e o objetivo de cada um. Querem o diploma pra depois fazerem faculdade: direito, biologia, administração, letras, enfermagem, educação física. Então eles tem um sonho. Disse que não sabia por quanto tempo ia ficar dando aula pra eles, já que eu estou substituindo um professor que está de licença. Dei minha aula. O assunto? Verbo to be. Ensinei alguns palavrões em inglês, brinquei com eles. Usei minhas técnicas de teatro pra chamar a atenção deles. Passei lição de casa. A hora passou voando.

Percebi que aquelas brincadeiras com as minhas irmãs de "escolinha" me foram úteis, no fim das contas.
Percebi que não quero que o professor antigo volte. Dar aula é uma delícia.
Percebi que além de bolsista PAD, colunista e voluntária, eu agora encho a boca pra dizer Professora.
Sim, sei que o governo não dá valor, e que déficits existem. Mas dar aula tem um sabor diferente. Ensinar é uma arte.

Meu dia começou cu, mas terminou com uma sensação de "valeu a pena todo o stress e toda a burocracia".

16.5.12

sobre o circo

Descobri que o Yudi fez só uma apresentação no circo perto de casa.
E pra quem entendeu errado, eu não estou desmerecendo a atividade ou os artistas circenses, pelo contrário!
Eu adoro circos, acho realmente mágico. Uma pena as pessoas hoje não darem tanta atenção quanto davam antigamente quando o circo aparecia na cidade.

Eu só estranhei que se instalaram no meu bairro, já que não tem muito espaço. E não é que meu bairro seja humilde, ele só se parece com um bairro meio sítio, meio rural e com vizinhos não muito agradáveis.

E sim, reconheço que antigamente muitos artistas começaram a carreira com apresentações nos circos, porque ia bastante gente ver o espetáculo, mas hoje esse não é o meio mais fácil, já que quase ninguém vai ver esse tipo de arte. Isso foi uma das minhas estranhezas.

Do mais, apoio 100% as idas ao circo, ao teatro, ao cinema, aos festivais e qualquer atividade cultural que aconteça na sua cidade.

a aula

Eu faço uma matéria do Instituto de Artes chamada "Comunicação, cultura, arte e sociedade".  Apesar do nome lindo, nem é tãão legal assim. O professor é meio lerdo e a única coisa boa é que ele passa um filme toda semana. Já assisti "Quero ser grande", "O livro de cabeceira", "Kaspar Hauser", bla bla.
Bom, ontem ele não foi dar aula. Aí foi um aluno dele de mestrado que apareceu lá e disse que tinha um vídeo pra passar.O tal vídeo era uma breve história da propaganda no Brasil desde 1950 até os anos 2000. E já peço desculpas antecipadamente caso eu use palavras e conceitos errôneos. É que eu escrevo no calor da coisa e não sou muito conhecedora de certas áreas.
Breve detalhe: o vídeo havia sido feito por alunos de publicidade da ESPM. Google it se você não sabe o que é.

Ok, vídeo acabou. Confesso que durmi no começo porque né, sou atriz e não sou obrigada 1 2 3. Mas depois eu assisti e fiquei perplexa com certas afirmações feitas por grandes nomes da publicidade. Coisas do tipo "a propaganda tem um papel educador...". Tá.
Aí, quando o cara acendeu as luzes, um outro carinha da sala pediu a palavra e disse que tinha um recado pra dar. Todos fica "Q". E começou. Ele desceu o pau no vídeo, dizendo que tinha verdadeira repulsa pela publicidade, que ele achava um absurdo os valores errados que elas passam, a manipulação das coisas, e etc etc. Ele deu o exemplo daquela propaganda do Mercado Livre que passava há um tempo, aquela que tinha um noivo dentro da igreja, todo nervoso. De repente a porta da igreja abre e vem "andando" até ele uma lambreta amarela. Aí o cara disse "é, eu tenho certeza de que essa propaganda foi muito elogiada entre o meio publicitário, mas olha o valor que ela tá passando! Um cara trocando uma relação afetiva com um ser humano e se casando com uma máquina!". E eu lá, aplaudindo por dentro tudo aquilo que ele estava falando.

Daííí começou o fervo. Todos queriam falar, deu o maior debate. Eu fiquei quieta porque nunca sei o que dizer nessas horas. Eu sempre formulo meus pensamentos depois. Argh.
Eu não sei.

Cada vez menos a gente parece precisar do outro. A tecnologia permitiu que fôssemos mais autônomos, independentes. Vivemos alienados num mundo capitalista que, por definição, visa nada mais que o lucro. E não me venha com o argumento de que o socialismo não convém porque ele tira o individualismo das pessoas. As propagandas e a publicidade fazem isso todos os dias: somos tratados como uma massa que não sabe o que quer. Steve Jobs dizia que o consumidor não sabia o que queria, não é? ¬¬'.

Esse mesmo avanço que trouxe diversas possibilidades é o mesmo que nos anula como seres humanos pensantes. A contradição é a marca registrada desse processo. A mesma empresa que "ordena" que você consuma mais de seus produtos é a mesma que faz propagandas sobre o meio ambiente, biodiversidade, e bla bla.

Eu tenho um pouco de aversão. Nunca fui de seguir modas e tendências. Compro aquilo que fica bonito em mim. Confesso que meu fraco são os sapatos e os perfumes. É porque acho muuito mais fácil comprar sapato, já que é bem difícil que um deles deixe seu pé gordo ou acentue suas imperfeições.

Dá raiva essa aparente autossuficiência que nos vendem. Tudo dá pra ser feito pela internet. Isso facilita muita coisa, mas nos deixa cada vez mais trancafiados em casa.
Eu gostava de ir até às locadoras e perder um bom tempo escolhendo filmes.
E, apesar de ter o senso espacial de uma ameba, não compraria um GPS. Sei lá, eu prefiro ir parando e perguntando para as pessoas.
Odeio³³³³ viajar num carro com os vidros fechados e o ar-condicionado ligado. Sou a favor de vidros escancarados e cabelos bagunçados.
Tablets? Não, obrigada. Não troco meu caderninho de anotações e uma caneta por nada.
 Precisamos de pouca coisa para viver. E acho que nesse sentido, meus pais sempre foram bem conscientes. Não ficavam trocando de eletrodomésticos e outros só porque tinha quebrado ou porque lançaram um modelo mais recente e 2.0.
Meu pai ia lá e arrumava, dizia que não havia necessidade de ficar comprando outro só porque tem um modelo novo.

Entendi que não, eu não preciso de determinadas coisas para ser feliz.
Um celular com internet ia facilitar muito minha vida, mas não quero ter mais uma coisa pra roubar horas preciosas do meu dia.


As normalidades e necessidades humanas são criadas por empresas, governos e propagandas. E já passou da hora de nos revoltarmos e criarmos normalidades com mais valores, menos preconceitos e mais humanidade.
Máquinas não substituem relações humanas. A não ser que você deixe.


















12.5.12

muito,mas muito estranho

Assim, eu já moro num bairro meio surrealista. Vacas e cavalos andando sozinhos pela rua, como se fossem comadres, pessoas bizarras como vizinhos, e acontecimentos ainda mais duvidosos. Bom, fato é que essa semana, um circo se instalou no quarteirão do lado de casa. E já começa daí. Normalmente, os circos que vêm pra Americana ficam instalados num espaço chamado FIDAM, que tem um quintal bem grande, fica perto do centro e tudo mais. Suspeitei desde o princípio que isso estava mal explicado. Circo instalado e aqueles carros de propaganda começam a passar pelas ruas.

Cá estou dentro de casa, quando ouço assim ''Circo Mágico Nacional, este sábado, às 21h,.bla bla...participação do Yudi do Bom dia e Cia, bla bla bla". Q
O que raios o Yudi veio fazer num circo???
Não que o SBT também não pareça com o cenário daqueles filmes sobre palhaços assassinos dos anos 80. Mas fazer turnê com um circo??? Pra quem não sabe, esse aqui é o Yudi:



E tipo, eles ainda ficaram anunciando que ele é o mais novo cantor sertanejo, tipo WTF?????
Sabe o que me parece?
Que ele foi raptado na saída dos estúdios do SBT pelo dono do circo, aí ele foi chantageado, estupraram-no e está preso num cativeiro, sem ter onde fazer as necessidades, com frio e com fome. Certeza que ele está acorrentado nesses traillers que o povo do circo usa. Eu não sei, tá muito bizarra essa história de Yudi em circos e tudo mais.

Vou lá nesse circo pra libertá-lo.

5.5.12

le agora

Posso dar uma de 15 anos que está deprimida, desmotivada, desacreditada mas que ainda tem fé?
E posso usar como trilha uma música da Miley Cirus(véi,não entendo o seriado dela...como que ninguém reconhece?? é a mesma menina, mas que usa perucaaaaaa!!)
okay...



"Every step I'm taking
Every move I make, feels
Lost, with no direction"


num dia chuvoso,voltar pra casa de ônibus, sentar do lado da janela,pensar na vida, imaginar-se num clipe de música, e chorar.
#quem nunca

3.5.12

le projeto

Eu sempre tive um bichinho social dentro de mim. Sempre tive uma motivação do tipo "preciso mudar alguma coisa nesse mundão de Deus". Deve ser por isso que fui escoteira por uns tempos. E não, eu não saia vendendo biscoitos na casa das pessoas.

Coisa vai,coisa vem, fiz 18 anos. Aí sim eu podia ser voluntária em algum lugar. Como eu já havia feito teatro por uns tempos, resolvi participar do Anjos da Alegria. O objetivo era agir a la Patch Adams. A gente se vestia de palhaço, fazia uma maquiagem fofa e nos dividíamos em trios ou duplas. Passávamos a tarde no hospital visitando as pessoas que estavam internadas, numa tentativa de aliviar a dor e fazê-las rir um pouco.
Aqueles que estavam tomando soro ou algum remédio na veia, brincávamos dizendo "aahh, você está aí numa boa, tomando água-de-coco tranquilo, tals". Era bem legal. Eu saía de lá transformada. Fiquei uns meses fazendo isso, até que meus planos mudaram e eu precisei abandonar esse projeto. Mas sinto saudades.
Ah é, a gente fazia mágica e bichinhos de balão. Eu amava fazer isso.

Entrei pra faculdade, voltei pro teatro, terminei o inglês.
Aí acabei o curso de inglês, acabei o curso de teatro e resolvi me voluntariar de novo esse ano.
No bairro do lado do meu, tem uma escola estadual. Não muito diferente daquelas que aqueles filmes de sessão da tarde mostram(escola de periferia, vai um professor tentar mudar a realidade dos alunos, ele é rejeitado, e no fim as coisas mudam e todo mundo pinta o muro da escola no fim do filme). Sim, eu quero fazer a diferença.

Como faço literatura, pensei com os meus botões "farei um projeto pra ensinar literatura!". E sim, prevejo que vou gostar dessa coisa de dar aula.
Nessa escola estadual, existe um projeto chamado Escola da Família. Funciona assim: a escola fica aberta aos finais de semana, e as pessoas se voluntariam para desenvolverem algum projeto. Todos da comunidade podem participar. E na escola que eu sou voluntária, tem gente dando aula de artesanato, culinária, manicure, etc.

Tudo começou quando eu escrevi o projeto "literatura no vestibular".
Acontece que se fosse numa escola particular, todos os alunos iriam participar. Mas numa escola estadual a realidade é diferente. A maioria se forma e vai trabalhar. Faculdade é um sonho muito distante. E eu quero mostrar que não, não é.

E lá ia eu todo o sábado de manhã pra ver se aparecia algum aluno. E nada.
Fiquei chateada. Você se dispõe a fazer alguma coisa e ninguém quer mudar a própria realidade.
É triste.

Conversei com a coordenadora do projeto e pensei "quer saber? eu sou a alma do projeto e vou pessoalmente  bater um papo com esses alunos". E foi o que eu fiz hoje de manhã.

Como eu tenho 5 anos de idade, eu tava mega nervosa. Fiz teatro e ainda suo e gaguejo quando falo perante as pessoas. Seminário na faculdade? Odeio fazer.

Cheguei lá, expliquei todo o rolê. Um cara me acompanhou até as salas dos segundos e terceiros colegiais.
Meu discurso era mais ou menos assim:

"Oi gente, bom dia.(niuba³³³³³³)
Meu nome é Camila, tenho 21 anos e faço Literatura na Unicamp. Eu também sou voluntária do projeto Escola da Família e queria convidar vocês pra virem todos os sábados, das 10h às 11h30. Meu projeto é sobre literatura e minha intenção é mostrar o lado divertido dessa matéria. O projeto está mais pra uma conversa descontraída, pra gente conversar sobre os livros de hoje, entender a estrutura de romances, contos, poesias. É mais uma conversa literária, e pra quem for prestar vestibular, eu posso dar um apoio sobre como ela aparece nas provas e tudo mais. Tem também a possibilidade da gente montar uma peça de teatro no fim do ano baseada em alguma obra que vocês gostam ou que a gente venha a ler. Gostaria muito que vocês aparecessem, e também se não gostarem, sintam-se livres pra não voltarem mais. Tchau gente e obrigada!"

Foi bem rápido, bem niuba.
Quando eu mencionei Unicamp, vi o olho de muita gente brilhar. No fundo, eu quero incentivar essa galera a ler mais. Sim, meu foco mudou. O projeto não vai ser especificamente 'literatura no vestibular'. Tudo o que eu quero é ler contos com o pessoal, discutir assuntos, personagens, autores importantes e ver o que eles acham que é Literatura. Quem sabe num tem algum futuro escritor lá no meio?

Eu fiquei bem nervosa na hora de falar. Mas saí de lá com a esperança que me faltava.
Porque esse ano eu quero fazer a diferença SIM.
E aconselho todo mundo a fazer também.

E notícia do dia: os Backstreet Boys lançarão um álbum novo e o Kevin vai retornar ao grupo(acabou o dinheiro,né Kevin??)


;**


2.5.12

le bagunça

Sério, eu não sei porque ainda insisto no meu TOC de tentar controlar/planejar tudo e todos. Não dá certo.
Acho que é meu cérebro retardado inserido num mecanismo de proteção. Que merda,isso.

Aí você pergunta ''mas proteção do quê e contra quem?"
E eu respondo "não sei".
Na verdade eu acho que sei.

Eu odeio me frustrar. Odeio quebrar a cara. Odeio me encher de expectativa e depois ver elas indo embora como formigas que mudam de ninho.
E na tentativa de evitar isso tudo, eu desesperadamente quero controlar.
"oh mario, why can't i control everybody like i control you" - Sheldon
(não sei se foi assim mesmo que ele disse, mas tá valendo).


Argh.